Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, defendia permanência de Ciro Gomes na legenda. Foto: Divulgação/PDT

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, vinha se movimentando para manter o ex-ministro Ciro Gomes no partido fundado por Leonel Brizola. No entanto, cortejado pelo PSDB, Ciro, que já integrou a sigla, teve a filiação confirmada pelo diretório tucano do Ceará na semana passada, com a cerimônia de filiação sendo preparada para a segunda quinzena de agosto. 

Em entrevista recente à Carta Capital, Lupi insistiu na permanência de Gomes no PDT e chegou a defender seu nome para a disputa presidencial de 2026. “Se depender de mim, Ciro não sai”, afirmou. Segundo ele, Ciro negaria qualquer intenção eleitoral, contudo, a informações que circula nos bastidores é a de que a ida de Gomes para o PSDB, seria na intenção de concorrer ao governo do Ceará em 2026.

O desempenho de Ciro Gomes nas urnas recuou em 2022, quando, novamente, se candidatou à presidência da República. Ainda assim, o presidente do PDT acredita que a polarização política pode estar se esgotando: “Nesse esgotamento, pode aparecer a oportunidade de a gente ter uma candidatura de novo”, acredita, sem, no entanto, negar apoio a Lula caso o cenário de 2022 se repita.

A aproximação entre PDT e PT não se limita ao plano nacional. No Ceará e em Fortaleza, as alianças também se estreitaram, criando um impasse para a permanência de Ciro Gomes, crítico frequente de Lula e das gestões petistas no estado (Elmano de Freitas) e na capital (Evandro Leitão).