Assembleia pretende criar medalha de honra em referência ao semiárido. Foto: Alece

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), propôs, durante a sessão desta quarta-feira (8), a criação da Medalha Paes de Andrade (Projeto de Resolução nº 15/2025), destinada a reconhecer pessoas físicas e jurídicas que tenham se destacado no combate às consequências da seca e na promoção da sustentabilidade e da convivência com o semiárido cearense. 

De acordo com o texto, a honraria será concedida anualmente, em Sessão Solene preferencialmente no dia 18 de julho, data que marca a assinatura do decreto para o início da construção da barragem do Castanhão, localizado na região do Vale do Jaguaribe. Até cinco medalhas serão concedidas por ano.

A proposta estabelece que a indicação dos agraciados será feita por um quinto dos membros da Assembleia Legislativa à Mesa Diretora. O documento também determina que cada indicação deverá conter a biografia do homenageado, com ênfase em ações voltadas à mitigação dos efeitos da seca e ao desenvolvimento sustentável do Estado. 

A Medalha Paes de Andrade, conforme o projeto, busca valorizar quem contribui de forma efetiva para o fortalecimento de políticas públicas e práticas que favoreçam a convivência com o semiárido.

Quem foi

Paes de Andrade foi político cearense influente e dá nome à medalha. Foto: Célio Azevedo/Agência Senado

Antônio Paes de Andrade (1927-2015) nasceu em Mombaça (CE) e era advogado e professor. Foi também deputado federal de 1963 a 1999. Nesse período, exerceu a função de presidente da Câmara dos Deputados de 1989-1991, e a de presidente da República, devido a essa função, por onze vezes. Em uma da ocasiões, Paes de Andrade foi o responsável por autorizar a construção do açude Castanhão e por sancionar o projeto que reformulou o FGTS.