Juventude Segura
Ministro Camilo Santana cobra ação do Congresso contra riscos nas redes sociais
Por Julia Fernandes Fraga - Em 18/08/2025 às 3:19 PM

Camilo Santana durante “Bom Dia, Ministro”. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o Brasil precisa agir rapidamente para enfrentar os riscos das redes sociais sobre crianças e adolescentes. Em entrevista ao CanalGov, no programa “Bom Dia, Ministro”, na última semana, ele apontou casos de pedofilia e exposição indevida de menores como exemplos urgentes que exigem atenção.
“É importante que o Congresso Nacional regule essas plataformas digitais, para dar limites a isso”, declarou, defendendo a responsabilização das empresas do setor e a criação de regras claras para seu funcionamento no país.
Camilo reforçou que a proteção começa dentro de casa, com pais e responsáveis atentos ao que os filhos consomem e publicam online. “Os pais precisam acompanhar o uso das redes sociais pelos filhos e estabelecer limites”, alertou. Ele lembrou que, embora várias plataformas exijam idade mínima de 13 anos, ainda é comum encontrar crianças de 8, 9 ou 10 anos ativas nesses ambientes virtuais — algo proibido pelas próprias regras das empresas.
O ministro destacou também a adoção de políticas públicas, como a Lei nº 15.100, em vigor desde 13 de janeiro de 2025, que restringe o uso de celulares nas escolas. Pela norma, aparelhos só podem ser utilizados com autorização do professor e exclusivamente para fins pedagógicos.
Durante a entrevista, Camilo citou, ainda, o Relatório Digital 2024: 5 Billion Social Media Users, da We Are Social em parceria com a Meltwater, que aponta o Brasil como o segundo país do mundo em tempo médio diário online: 9h13, atrás apenas da África do Sul, com 9h24. “Esse tempo excessivo nas redes é prejudicial para qualquer pessoa, imagine para uma criança ou adolescente em fase de desenvolvimento e crescimento”, afirmou.
Para Santana, a regulamentação das plataformas digitais não é apenas uma pauta de segurança, mas uma medida essencial para o futuro do país. “Precisamos de uma regulamentação para proteger as crianças e adolescentes desse contato exagerado com as redes”, enfatizou. Ele concluiu reforçando que as mídias digitais devem ser usadas de forma construtiva, contribuindo para a formação saudável das novas gerações.
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