Fraude no INSS

Oposição no Senado aprova novo convite para ouvir Carlos Lupi

Por Oceli Lopes - Em 02/05/2025 às 2:30 AM

Carlos Lupi Foto Claudio Reis Câmara Dos Deputados

Carlos Lupi é o ministro da Previdência Social. Foto: Claudio Reis/Câmara dos Deputados

A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado aguarda na quarta-feira (7) a presença do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Os senadores querem explicações sobre o recém-descoberto esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia subordinada ao Ministério.

O convite aprovado (REQ 16/2025 – CTFC) é do senador Rogério Marinho (PL-RN), com apoio do senador Dr. Hiran (PP-RR), presidente da Comissão. Lupi, que é licenciado da presidência do PDT nacional, terá que prestar informações sobre as fraudes bilionárias em descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

“A investigação indica que milhares de beneficiários do INSS foram vítimas de descontos indevidos em seus contracheques, especialmente por filiação a entidades de representação e associações das quais nunca fizeram parte. Os descontos eram processados diretamente na folha de pagamento dos benefícios, por meio do sistema de consignações do INSS, em valores entre R$ 20 e R$ 70 por mês, afetando uma grande massa de aposentados e pensionistas, muitos deles idosos em situação de vulnerabilidade social”, diz senador Marinho na justificativa do requerimento.

Investigação

Deflagrada na última semana, a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, em conjunto com Controladoria-Geral da União (CGU), atingiu a diretoria do INSS e resultou na demissão do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, que já foi substituído pelo procurador Gilberto Valler Júnior, nomeado pelo presidente Lula.

A investigação apontou que, desde 2019, associações e sindicatos fizeram acordo com o INSS para realizar descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, dos quais 97% não haviam autorizado.

A fraude somaria cerca de R$ 6 bilhões, números apontados pela CGU.

Com informações da Agência Senado.

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