Neste momento, Lula apresenta maior vantagem nas Eleições 2026. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira (24) indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria as eleições presidenciais de 2026 ainda no primeiro turno. Segundo o levantamento, o petista tem 51% ou mais das intenções de voto em todos os cenários testados contra candidatos da direita.

O levantamento foi conduzido pela metodologia de recrutamento digital aleatório (RDR) e ouviu 14.063 brasileiros entre os dias 15 e 19 de outubro, com margem de erro de um ponto percentual e índice de confiança de 95%.

Primeiro turno

No cenário de 1º turno em que o principal adversário é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula aparece com 51,3% das intenções de voto, seguido por Tarcísio com 30,4%. Em seguida vêm Ronaldo Caiado (União), com 6%; Ratinho Júnior (PSD), com 3%; e Romeu Zema (Novo), com 2,5%. Brancos e nulos somam 5%, enquanto 1,9% não souberam ou não quiseram responder. Em relação à pesquisa anterior, Lula ampliou a vantagem em 3,1 pontos percentuais.

Quando o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) substitui Tarcísio, Lula tem 51% e Michelle, 26,2%. Caiado marca 9,1%, Ratinho Júnior 5,1% e Zema 4,6%. Já em um cenário sem Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), teria 43,1%, contra 30,1% de Tarcísio, 7% de Caiado, 3,5% de Ratinho Júnior e 2,6% de Zema.

Segundo turno

Nos cenários de 2º turno, Lula venceria todos os adversários. Contra Tarcísio, o presidente tem 52% das intenções de voto, ante 44% do governador paulista. O mesmo percentual de 52% se repete em confronto com Michelle Bolsonaro, que marca 43%. Contra Caiado, Lula teria 52% a 36%, e frente a Zema, 52% a 35%. 

A pesquisa também simulou uma repetição da disputa de 2022. Lula teria 48,8% e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) 41,3%. Em eventual segundo turno, o petista venceria novamente, por 52% a 44%.

Avaliação do governo

A sondagem mostra ainda que a avaliação positiva do governo Lula ultrapassou numericamente a negativa pela primeira vez desde novembro de 2024. Hoje, 48% dos entrevistados consideram a gestão “ótima” ou “boa”, enquanto 47,2% a classificam como “ruim” ou “péssima”. Outros 4,8% avaliam o governo como “regular”. A aprovação de Lula é de 51,2%, contra 48,1% de rejeição.

Entre os grupos que mais apoiam o presidente estão os idosos (67,9%) e os agnósticos ou ateus (61,3%). As maiores taxas de rejeição vêm de evangélicos (72,2%) e moradores do Centro-Oeste (62,6%).

Percepções sobre medidas da gestão

Entre as ações mais bem avaliadas estão a gratuidade de todos os medicamentos do Farmácia Popular e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, ambas com 83% de aprovação. Por outro lado, as medidas com menor aceitação são a cota de empregos para detentos e ex-detentos (34%) e o imposto sobre compras em sites estrangeiros de até 50 dólares (33%).

A maioria dos entrevistados (84%) considera positiva a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, e 62,9% defendem a taxação dos mais ricos para financiar políticas sociais.