Impasse político

Pré-candidatura de Moro ao governo do Paraná divide federação União Progressista no estado

Por Julia Fernandes Fraga - Em 09/12/2025 às 11:46 AM

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Ex-juiz é filiado ao União Brasil, partido que integra federação com o PP. Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

O Progressistas (PP) do Paraná decidiu, por unanimidade, não homologar uma eventual candidatura do senador Sergio Moro (União) ao governo do estado em 2026. A deliberação, tomada nessa segunda-feira (8), aprofunda o impasse dentro da federação União Progressista — formada por PP e União Brasil — sobre a possibilidade de o ex-juiz disputar pelo grupo.

O veto também reflete o cenário político do Paraná: o PP integra a base do governador Ratinho Junior (PSD), que pretende lançar um sucessor em 2026. Aliados consideram Sérgio Moro um entrave para a construção de uma chapa competitiva. Entre os nomes cogitados estão Guto Silva, Rafael Greca, Darci Piana e Alexandre Curi. 

O estatuto da federação prevê que impasses poderão ser decididos pela direção nacional caso persistam até as convenções partidárias. Enquanto isso, o PP pretende concentrar esforços na renovação de suas bancadas federal e estadual no Paraná.

Reações

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), declarou que respeitará a posição do diretório paranaense e disse esperar que o desacordo não prejudique a formalização da federação. Já o presidente estadual, Ricardo Barros, afirmou que Moro teve sete meses para dialogar com lideranças locais, mas “as conversas não prosperaram”. Segundo ele, sem consenso interno, o senador deverá buscar outra legenda para se candidatar.

A decisão foi criticada pelo União Brasil. O presidente nacional da sigla, Antonio Rueda, classificou o veto como “arbitrário” e afirmou que insistirá na homologação da candidatura, destacando que Moro lidera pesquisas internas. A federação ainda aguarda análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O principal interessado, por sua vez, pretende manter a pré-candidatura e também chamou a decisão de “arbitrária”, reiterando que o União Brasil no Paraná manterá o diálogo com o PP.

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