Patrimônio cultural
Projeto de Guilherme Bismarck busca preservar e valorizar o Farol do Mucuripe
Por Julia Fernandes Fraga - Última Atualização 21 de setembro de 2025

Deputado estadual Guilherme Bismarck apresenta projeto que eleva o Farol do Mucuripe. Foto: Junior Pio/Alece
O deputado estadual Guilherme Bismarck (PSB) apresentou, nesta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), dois projetos de lei, entre eles o PL 702/2025, que reconhece a destacada relevância cultural do Farol do Mucuripe, localizado na orla de Fortaleza. Na justificativa do projeto, Bismarck ressaltou a importância histórica e cultural do Farol para a cidade e para o Ceará, destacando que se trata de um dos mais antigos edifícios da cidade e um marco na segurança da navegação.
O Farol do Mucuripe, inclusive, está passando por obras de revitalização, sob o comando da Secretaria do Turismo do Ceará, gerida pelo deputado federal licenciado Eduardo Bismarck, irmão de Guilherme. O trabalho visa atrair visitantes, impulsionar a economia local e criar novas oportunidades para a comunidade, fortalecendo o turismo e a preservação cultural da capital cearense.

Obras do Farol do Mucuripe em fase de finalização. Foto: Reprodução/Instagram Eduardo Bismarck
História
O primeiro Farol do Mucuripe, considerado um dos mais antigos monumentos arquitetônicos de Fortaleza, foi construído por escravos, na primeira metade do século XIX, em alvenaria, madeira e ferro. Durante os mais de 100 anos de funcionamento, ficou conhecido como “os olhos do mar” por guiar embarcações que se aproximavam da costa cearense.
Em 1957, o farol original foi substituído por uma estrutura mais moderna, adequada às necessidades da época. O prédio antigo, após alguns anos fechado, passou a abrigar o Museu do Jangadeiro, posteriormente denominado Museu do Farol, cujo acervo fazia referência a Fortaleza como colônia e ao Ceará como província do Brasil Império. O local reunia peças, reproduções, desenhos, fotografias, documentos, ilustrações, trechos de romances e relatos de visitantes, retratando momentos marcantes da história de Fortaleza.
O fechamento do museu, em 2007, levou ao abandono da edificação, provocando protestos, especialmente de artistas locais. Em 2013, durante um Festival de Arte Urbana, suas paredes foram grafitadas para chamar a atenção para a necessidade de restauração do célebre prédio.
O farol que substituiu o original também se tornou obsoleto e, em 2017, foi trocado por outra estrutura, três vezes maior. Com 71,10 metros de altura, o equipamento é atualmente o mais alto das Américas e o 6º do mundo.
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