Apesar de ser chamada de fusão, a operação será jurídica e tecnicamente uma incorporação, com o PSDB absorvendo o Podemos

O PSDB e o Podemos marcaram para 5 de junho a decisão sobre a criação de um novo partido, com foco em lançar uma candidatura à Presidência da República em 2026. O nome do governador Eduardo Leite (PSDB-RS) é o mais cotado, embora ele ainda não confirme permanência na sigla.

A nova legenda deve adotar um nome inédito — como “Centro Democrático” ou “Juntos” —, manter o número 20 e usar o símbolo do tucano. A direção será compartilhada, com presidência rotativa nos três primeiros anos, iniciando com Renata Abreu, atual presidente do Podemos.

Apesar de ser chamada de fusão, a operação será jurídica e tecnicamente uma incorporação, com o PSDB absorvendo o Podemos. Isso facilita o processo, já que o PSDB está federado ao Cidadania até 2026. A mudança também garante aos parlamentares o direito de trocar de legenda sem perder o mandato.

A união tenta reposicionar o centro político como alternativa viável ao lulismo e ao bolsonarismo. Nos bastidores, há pressão para que a nova sigla tenha candidatura própria, aprendendo com o erro de 2022, quando o PSDB apoiou Simone Tebet (MDB) e perdeu espaço político.