Vice-presidente Geraldo Alckmin participou do encontro partidário, em Brasília – Foto: Divulgação/PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu no sábado (23), sua nova comissão executiva nacional, com destaque para a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que ocupa a maioria dos postos de comando. O principal objetivo da nova direção é a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao mesmo tempo, o partido direciona críticas duras ao presidente norte-americano Donald Trump.

A executiva será presidida pelo ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva. Entre os 26 integrantes eleitos (11 secretários, 10 vogais e cinco vice-presidentes), 14 pertencem à CNB. Os cinco novos vice-presidentes são: Jilmar Tatto, Joaquim Soriano, José Guimarães, Rubens Júnior e Washington Quaquá. Também integram o núcleo de comando os líderes das bancadas no Congresso: Lindbergh Farias (Câmara) e Rogério Carvalho (Senado).

A composição final gerou críticas internas pela baixa representatividade feminina, contrastando com a defesa de igualdade de gênero presente na resolução aprovada no mesmo encontro.

Críticas a Trump

Além da eleição da nova executiva, o diretório aprovou uma resolução política com 29 itens, que abre com ataques a Donald Trump. Edinho Silva, em coletiva, acusou o presidente norte-americano de adotar práticas racistas e de apoiar forças extremistas na Europa.

O PT também planeja uma grande mobilização no 7 de Setembro, com mote em defesa da democracia e da soberania nacional. A ideia é organizar um plebiscito popular com pautas econômicas como o fim da escala 6×1, a taxação dos super-ricos e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

O partido também se posicionou contra uma eventual anistia a bolsonaristas envolvidos no 8 de Janeiro, defendeu a reconstrução do fórum permanente da Amazônia Legal durante a COP30 e voltou a cobrar avanços na regulação das plataformas digitais.