Roberto Sá comanda a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará

O Estado do Ceará encerrou o mês de maio de 2025 com uma redução de 15,5% nos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) em comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, a diminuição foi de 17,7%. Os dados foram divulgados pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). O resultado representa o melhor desempenho percentual para o mês de maio nos últimos cinco anos.

De acordo com o secretário da SSPDS, Roberto Sá, os resultados são fruto de uma combinação entre planejamento estratégico, atuação integrada das forças de segurança e investimentos em tecnologia e inteligência. “Atribuímos esse resultado a uma metodologia baseada em diagnóstico integrado e plano de ação coordenado, além do aumento da visibilidade com policiamento ostensivo em áreas identificadas como críticas”, afirmou.

A queda nos índices foi verificada em todas as regiões do estado, incluindo a capital, Fortaleza, a Região Metropolitana e o interior. O Interior Sul teve a maior redução proporcional, com 50 ocorrências em maio de 2025 frente a 74 no ano anterior — uma queda de 32,4%. O Interior Norte registrou queda de 17,5%. Já a Região Metropolitana apresentou redução de 11,2%, e Fortaleza, de 1,4%.

Repressão qualificada

Acerca dos resultados, o secretário Roberto Sá destaca também o foco na repressão qualificada, com investigações voltadas à prisão de autores de crimes violentos. Parte dessas ações se insere no Programa Ceará Contra o Crime, que estabeleceu, por meio da Lei nº 19.178/2025, o sistema de Metas Integradas de Segurança Pública (Misp), atualmente em operação no estado.

Os números são eloquentes. Nos cinco primeiros meses de 2025, o Ceará registro um aumento de 24,9% nas capturas de suspeitos de homicídios, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 1.144 prisões entre janeiro e maio deste ano, frente a 916 capturas realizadas no mesmo período de 2024 — uma diferença de 228 casos.

O crescimento nas capturas, que inclui prisões em flagrante e cumprimento de mandados, é atribuído a uma estratégia de repressão qualificada adotada pelas Forças de Segurança do Estado. A capital cearense apresentou o maior avanço proporcional no período, com um aumento de 45,4% nas prisões. A Região Metropolitana e a Região Norte registraram aumentos de 13% e 4,5%, respectivamente.

Segundo o secretário, os dados confirmam a efetividade do trabalho conjunto e direcionado das forças de segurança. “Nós devemos essa redução nos homicídios e esse avanço nas prisões a diversos fatores, incluindo o investimento público e uma repressão qualificada. Foram mais de mil prisões no ano, só por homicídios”, pontua.

Combate às organizações criminosas  avança

O Ceará também intensificou a repressão ao crime organizado. De janeiro a maio deste ano, foram capturadas 721 pessoas suspeitas de integrar organizações criminosas, um crescimento de 44,8% em relação às 498 prisões do mesmo período de 2024. Em média, cinco suspeitos foram presos por dia por envolvimento com esse tipo de crime.

Política integrada

As estatísticas positivas refletem a consolidação da política de segurança pública baseada na atuação coordenada das polícias, uso de inteligência estratégica e ações ostensivas em áreas críticas. “Estamos obtendo resultados expressivos tanto na redução de homicídios quanto na prisão de criminosos de alta periculosidade. A integração, a análise de dados e a repressão direcionada são os pilares dessa estratégia”, concluiu o secretário Roberto Sá.