Obra de restauro terá investimento de R$ 34,7 milhões. Foto: EBC

O governo federal vai investir R$ 34,7 milhões na reforma da Praça dos Três Poderes, em Brasília — valor 57% superior aos R$ 22 milhões anunciados em abril. A execução está a cargo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que atribuiu o aumento a “ajustes posteriormente feitos”, incluindo custos de administração e um projeto cultural com “extenso programa de educação patrimonial”, “exposição móvel” e outras atividades.

A revitalização busca preservar o conjunto arquitetônico tombado. Segundo o presidente do órgão, Leandro Grass, “a Praça é símbolo da nossa democracia, restaurá-la é devolver não apenas para a cidade, mas para o país, este espaço tão importante para nossa história”.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também afirmou que o restauro representa “reconstrução, cuidado e democracia”. “Com apoio da Lei Rouanet, garantimos preservação, acessibilidade, respeito ao projeto original e devolvemos ao povo brasileiro um espaço que sempre lhe pertenceu”, defendeu.

Detalhes

Os recursos virão da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio da Lei Rouanet. A obra, que deve começar ainda em novembro, terá a primeira etapa concluída em 2026.

O projeto prevê a recuperação de pisos e estruturas, restauração de monumentos e obras de arte, revitalização de espaços culturais e modernização da iluminação. Também estão previstas melhorias em acessibilidade, drenagem, sinalização turística e instalação de câmeras de segurança.

Idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer, a Praça dos Três Poderes é um dos marcos mais simbólicos de Brasília, reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial. O governo contratou um escritório de arquitetura de Santa Catarina por R$ 744,6 mil para elaborar o projeto executivo.