Prefeito e governador de São Paulo estarão em jantar da oposição nesta terça, 19. Foto: Reprodução/Instagram

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), confirmou presença no jantar organizado pelo presidente do União Brasil, Antônio Rueda, na noite desta terça-feira (19), em Brasília. O encontro reúne governadores de centro-direita e acontece logo após a criação da federação União-Progressista, que deve ter papel estratégico nas eleições de 2026.

Participam do evento os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos – SP), Romeu Zema (Novo – MG), Ratinho Jr. (PSD – PR) e Ronaldo Caiado (União – GO), todos apontados como possíveis herdeiros do espólio político deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O jantar é visto como um movimento de alinhamento político entre lideranças de centro-direita, que buscam construir uma frente competitiva nacional diante do cenário de indefinição sobre a sucessão presidencial.

Articulações para 2026

Apesar das especulações, Ricardo Nunes negou que sua ida ao jantar tenha relação com movimentações em torno de sua possível candidatura ao governo paulista em 2026. O prefeito reforçou que não pretende disputar o cargo e destacou que sua prioridade é concluir a gestão à frente da maior cidade do país.

A hipótese de Nunes disputar o governo de São Paulo ganha força caso Tarcísio de Freitas decida concorrer à Presidência da República. O governador paulista, contudo, tem reafirmado publicamente que buscará a reeleição em 2026.

Ainda na terça-feira, durante a convenção do Secovi-SP, Nunes fez declarações de apoio a Tarcísio, colocando-o como principal liderança de inspiração para o campo político que representa.

“Com todo respeito ao Caiado, ao Ratinho e ao Zema, o Tarcísio é nossa fonte de inspiração. O Tarcísio é aquilo que a gente tem como referência de uma pessoa correta, técnica, dedicada, preparada”, afirmou o prefeito.  Na noite anterior, Tarcísio também reiterou seu compromisso com a reeleição durante participação em um culto.

Cenário em aberto

Apesar dos discursos evasivos, analistas avaliam que tanto Tarcísio quanto Nunes mantêm espaço aberto para mudanças de rumo até 2026, a depender do cenário político nacional e do desempenho da federação União-Progressista na construção de aliança.