defesa da economia
Romeu Aldigueri manifesta apoio ao Ceará e ao Brasil contra ‘tarifaço’ dos EUA
Por Marcelo Cabral - Em 01/08/2025 às 4:31 PM

Romeu Aldigueri afirma que o Estado não pode aceitar ameaças Foto: Douglas Filho/Portal IN
O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Romeu Aldigueri, manifestou apoio irrestrito aos governos estadual e federal, bem como ao setor produtivo, na defesa dos segmentos mais afetados pelo recente pacote tarifário imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump. A medida eleva em 50% as tarifas sobre diversos produtos brasileiros, atingindo de forma significativa setores estratégicos da economia nacional e cearense.
Aldigueri classificou a decisão dos Estados Unidos como um posicionamento unilateral e lesivo, com potencial de causar severos prejuízos, sobretudo à indústria do aço – notadamente à usina localizada no Complexo do Pecém, uma das âncoras do desenvolvimento industrial do Estado. Ele divulgou o manifesto nesta sexta-feira (1º).
O presidente da Alece destaca que essa medida tem um efeito extremamente devastador sobre as cadeias produtivas estruturadas ao longo de vários anos. Estamos diante de um cenário que pode levar ao fechamento de postos de trabalho, desestabilização logística e sérias consequências para a economia regional.
Além do aço, outros produtos cearenses de forte presença no mercado norte-americano também correm o risco de serem impactados pelas novas tarifas. Entre eles, destacam-se calçados e couros, cera de carnaúba, água de coco, castanha de caju e pescados – itens relevantes na pauta de exportações do Ceará e importantes para a geração de emprego e renda no Estado.
Romeu Aldigueri ressaltou, ainda, que os Estados Unidos figuram entre os principais parceiros comerciais do Ceará, o que torna a decisão norte-americana ainda mais sensível para a balança comercial e os interesses estratégicos locais. E que é fundamental a articulação de uma resposta coordenada e firme, unindo esforços institucionais para mitigar os impactos dessa política protecionista.
Leia o documento na íntegra:
Manifesto em favor da economia e do povo do Ceará
“Em respeito a todos os cearenses, repudio a unilateralidade do Governo dos EUA, cujo resultado será de perda de empregos, desmonte de cadeias produtivas e desconstrução de setores que demoraram anos para montar a logística necessária a fim de estruturar suas operações.
O Estado do Ceará tem surpreendido o Brasil com convergências que construíram a melhor educação pública do país, além de um turismo competitivo, uma infraestrutura cuja evolução é inegável, um debate democrático civilizado, uma integração entre poder público e iniciativa privada pautada no republicanismo, o surgimento de líderes nacionais e outros frutos que somente podem nascer em terras que priorizam a vontade coletiva em detrimento da pessoal.
Atitudes que se refletem em um mercado saudável e pujante, agregador e voltado para nossas necessidades de crescimento, só são possíveis em ambiente de paz, inclusive comercial. Porém, o Brasil, exímio e inquestionável defensor do multilateralismo, é penalizado por um tarifaço em virtude do voluntarismo do presidente americano que, motivado por razões incompreensíveis, sanciona o país, atingindo de forma cruel um estado pobre que luta há décadas para entregar o melhor para seu povo.
Relações diplomáticas devem ser fundamentadas em diálogo e técnica. Jamais na chantagem e opressão. O Ceará é parte de uma nação lutadora, de uma brava gente, com separação entre poderes, com história de superação e não baixará a cabeça jamais para a injustiça, o autoritarismo e os ataques à sua soberania e à sua gente.
Portanto, somo minhas forças ao Estado, à União, ao setor produtivo e a diversas instituições para defender os setores mais atingidos, a exemplo de pescados, castanhas de caju, água de coco, cera de carnaúba, couros e calçados, para encontrar soluções. Porque não aceitamos ameaças. Nunca.”
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