Em coletiva,
Sarto critica decisão judicial sobre proibição de impulsionamentos e denuncia desequilíbrio na campanha eleitoral
Por Redação IN Poder - Em 30/09/2024 às 1:10 PM
O prefeito de Fortaleza e candidato à reeleição, José Sarto (PDT), denunciou nesta segunda-feira, 30, durante coletiva de imprensa, uma tentativa de censura à sua campanha após decisão judicial que proibiu o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais. De acordo com o candidato, a medida é “arbitrária” e prejudica o equilíbrio das eleições. O departamento jurídico da campanha já entrou com recurso contra a decisão.
Sarto afirmou que a proibição se baseia na acusação de que sua campanha estaria divulgando material com propaganda negativa, especialmente em relação ao posicionamento de seu adversário Evandro Leitão (PT) sobre a CPI do Narcotráfico. “Essa é uma atitude que provoca desequilíbrio entre as campanhas. Estamos sendo penalizados por um fato público, discutido em sessão plenária da Assembleia, enquanto meu adversário faz o mesmo tipo de impulsionamento e não foi punido da mesma forma”, declarou o prefeito.
O candidato destacou que a população tem o direito de saber como os candidatos agem em questões importantes para a cidade, como a segurança pública. Segundo Sarto, o vídeo com a declaração de Leitão sobre a CPI não está mais disponível, mas o conteúdo está registrado em reportagens da imprensa local. Ele também apontou que a campanha de Leitão estaria utilizando um valor três vezes maior que o da sua campanha para promover conteúdos negativos.
Além de questionar a decisão, Sarto reforçou que sua campanha tem cumprido todas as determinações da justiça eleitoral e que a penalidade foi desproporcional. “No nosso caso, a justiça não apenas mandou retirar o conteúdo, como proibiu totalmente o impulsionamento, algo que é extremo e injusto, ainda mais faltando poucos dias para a eleição”, afirmou.
O ex-prefeito Roberto Cláudio, presidente do PDT municipal, apoiou a crítica de Sarto, classificando a decisão como desproporcional. Para ele, seria o equivalente, em termos de televisão, à remoção de conteúdo e direito de resposta, conforme já previsto na legislação eleitoral. Sarto também aproveitou a ocasião para criticar a gestão estadual pela crescente violência em Fortaleza, alegando que a insegurança tem aumentado nos últimos anos, sem ações efetivas para conter o problema.