Fotografia oficial da Cúpula do Clima no Parque da Cidade, em Belém. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Cúpula do Clima, realizada em Belém (PA), se encerra nesta sexta-feira (7) com a continuidade dos discursos de líderes e representantes dos países participantes da COP30. A programação inclui sessões temáticas sobre transição energética, os dez anos do Acordo de Paris, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e o financiamento de ações voltadas ao enfrentamento da crise climática.

Mais de 70 países estão representados no evento, que reúne chefes de Estado, líderes de governo e representantes de alto nível. Considerando diplomatas e embaixadores, mais de cem governos estrangeiros participam da agenda na capital paraense. A cúpula antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro, também no Pará, visando reforçar compromissos multilaterais diante da urgência climática.

Programação do 2º dia

A sexta-feira começou com a chegada das delegações à Zona Azul, onde é permitida a entrada de chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada. Está prevista uma nova foto oficial com os líderes antes da retomada dos discursos.

Um dos principais pontos de debate será a transição energética, pauta em que o Brasil defende a aceleração das mudanças com base em justiça climática, proteção das florestas e desenvolvimento sustentável.

Também haverá sessão sobre o aniversário de 10 anos do Acordo de Paris e o fortalecimento das NDCs, além de discussões sobre mecanismos de financiamento para ampliar as ações de combate à crise climática.

Na agenda bilateral, o presidente Lula da Silva (PT) tem encontros previstos com os primeiros-ministros de Portugal, Luís Montenegro; da Alemanha, Friedrich Merz; e com o presidente de Moçambique, Daniel Chapo.

1º dia e lançamento do Fundo TFFF

Na abertura do evento, ontem (6), Lula defendeu ações concretas para conter o aumento da temperatura global. “A COP30 será a COP da verdade. É o momento de levar a sério os alertas da ciência. É hora de encarar a realidade e decidir se teremos ou não a coragem e a determinação necessárias para transformá-la”, afirmou.

Em seguida, o presidente brasileiro se reuniu, separadamente, com o presidente francês Emmanuel Macron; e com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o herdeiro do trono, Príncipe William. Lula tem reiterado que a crise climática, de natureza global e interdependente, só pode ser enfrentada por meio da cooperação internacional e do fortalecimento do multilateralismo.

Por último, após a plenária de abertura, o mandatário do Brasil recebeu líderes mundiais em um almoço oficial que marcou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Em coletiva, com a presença dos ministros Fernando Haddad, Marina Silva e Sônia Guajajara, foi anunciado que o fundo já conta com US$ 5,5 bilhões.