Ex-presidente da República, José Sarney, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O Senado realizou, nesta terça-feira, 18, sessão solene para marcar os 40 anos da redemocratização do país. O ex-presidente da República, Jose Sarney (MDB), foi o homenageado do evento por ter sido o primeiro presidente do Brasil após os 21 anos da ditadura civil-militar, que prevaleceu entre 1964 a março de 1985.

Considerado o “fiador” da redemocratização pelos que discursaram na sessão solene, o ex-presidente Sarney criticou os atos antidemocráticos que culminaram no dia 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília, e pediram golpe militar no Brasil.

“Hoje, o Senado é uma instituição forte, apesar de ter sido vítima daquele vandalismo condenável do dia 8 de janeiro”, disse Sarney.

A sessão também fez homenagem a Tancredo Neves, primeiro presidente eleito da redemocratização, que foi internado pouco antes da posse (15 de março de 1985) por causa de uma diverticulite, e um mês depois, em abril, veio a falecer.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), – que afirmou que o atual projeto de anistia aos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 não é de interesse da sociedade – destacou que aquele evento no Plenário do Senado firma o compromisso da Casa com a democracia.

“A democracia não se sustenta sem diálogo, sem respeito às instituições e sem o compromisso diário com a pluralidade e a harmonia entre os Poderes. Que esta sessão sirva não apenas para relembrar o passado, mas para reafirmarmos nosso compromisso com o futuro do Brasil, com o fortalecimento da democracia”, afirmou o presidente do Senado.

Após o início da sessão do Senado, a assessoria do presidente da Câmara, Hugo Motta, informou que o parlamentar não compareceria ao evento, apesar de sua participação constar na agenda oficial divulgada.

Com informações da Agência Brasil.