Tentativa de Fuga
Supremo decreta prisão preventiva de ex-chefe da PRF detido no Paraguai
Por Julia Fernandes Fraga - Em 26/12/2025 às 2:10 PM

Silvinei Vasques foi pego em aeroporto internacional quando se direcionava a El Salvador. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador. A informação foi revelada pelo G1 e confirmada por veículos como Estadão e CNN.
Com base nos indícios de fuga e descumprimento das medidas impostas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva de Vasques. Na decisão, o ministro ressaltou que o descumprimento das condições já havia sido advertido no momento da concessão da liberdade provisória.
Segundo as apurações, Vasques deixou Santa Catarina, onde residia, e seguiu de carro até o Paraguai, passando pelo Paraná. A prisão foi realizada por agentes policiais paraguaios.
Detalhes
De acordo com fontes ouvidas, o ex-diretor da PRF foi detido portando documento paraguaio falso. Outra versão indica que ele utilizava um passaporte paraguaio original, mas sem conter suas informações pessoais.
Silvinei Vasques utilizava tornozeleira eletrônica desde agosto de 2024, quando foi solto da prisão preventiva. Na madrugada de 25 de dezembro, segundo a Polícia Federal (PF), o equipamento ficou sem sinal de GPS e, posteriormente, sem comunicação de dados. Após o alerta, agentes realizaram diligências em seu endereço, em São José (SC), mas não o encontraram.
A PF informou que identificou o rompimento do monitoramento, acionou alertas nas fronteiras e comunicou a adidância brasileira no Paraguai.
Condenação
Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do STF a 24 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado. Ainda não há trânsito em julgado, e a defesa pode apresentar recursos.
A investigação da Polícia Federal aponta que ele teria coordenado ações da PRF para dificultar o deslocamento de eleitores considerados desfavoráveis ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições de 2022.
Após a prisão, Vasques foi encaminhado ao Ministério Público do Paraguai, que deve conduzir os procedimentos para sua extradição ao Brasil.
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