Tarcísio de Freitas era tido como o principal presidenciável para 2026 pelo campo da direita. Foto: Montagem

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (9) que sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 é “irreversível”, após visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele reiterou que a decisão segue uma orientação direta do pai e garantiu que “não irão voltar atrás, vamos seguir em frente”.

Apesar de enfrentar resistência de partidos do Centrão, como PP e União Brasil, Flávio disse já ter iniciado conversas para consolidar apoios e reforçou que sua pré-campanha “não é balão de ensaio”. Segundo o senador, caberá a ele convencer setores da direita que receberam o anúncio com cautela.

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, no entanto, informou que o filho mais velho de Bolsonaro “é o nome indicado por Jair para representar o partido na disputa presidencial”. A madrasta Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher, também manifestou apoio ao enteado, desejando “que Deus o abençoe nesta nova missão pelo nosso amado Brasil”. 

Posição de Tarcísio

As declarações foram feitas um dia depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmar que será “leal” a Jair Bolsonaro e dará suporte à pré-candidatura de Flávio. Tarcísio destacou que o senador assume uma “grande responsabilidade” e que o desempenho da pré-campanha será avaliado “ao longo do tempo”. 

Embora tenha citado outros nomes competitivos da direita — como Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Jr. (PSD-PR) — o líder paulista reforçou sua proximidade com o ex-presidente.

Flávio, por sua vez, minimizou qualquer sinal de divisão e afirmou que o essencial é a união do campo conservador contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em eventual segundo turno. Ele ressaltou que o apoio do governador paulista no maior colégio eleitoral do país é “muito importante” para impulsionar sua pré-campanha.