Governador de SP, Tarcísio de Freitas lança nova política social ppara o Estado

São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançou o programa “SuperAção SP”, uma nova política social que, segundo ele, pretende ir além da transferência direta de renda. A iniciativa prevê repasses financeiros para famílias em situação de vulnerabilidade, mas aposta em uma “trilha” de políticas públicas para promover a emancipação e inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.

“Vamos dar o peixe ou ensinar a pescar?”, provocou o governador, ao lançar o programa no Palácio dos Bandeirantes. “Nós vamos fazer as duas coisas. Transferência de renda é bem-vinda, mas não é suficiente.”

O SuperAção SP foi estruturado com base em experiências internacionais, como o Puente-Chile Solidário, e prevê repasses que podem chegar até R$ 10,4 mil por família ao longo de dois anos. Os pagamentos serão feitos em três etapas: adesão ao programa, conclusão da capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho.

Atendimento personalizado

Um dos diferenciais do programa será a atuação dos chamados “agentes de superação”, profissionais contratados pelo governo estadual para acompanhar, de forma personalizada, até 20 famílias cada. O papel do agente será realizar visitas periódicas, identificar as barreiras que impedem a autonomia das famílias e acionar uma rede de 29 políticas públicas já existentes, em áreas como saúde, habitação, educação e desenvolvimento econômico.

“É a personalização que vai garantir o sucesso do programa”, disse Tarcísio. A busca ativa será feita a partir do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com visitas às famílias vulneráveis em todo o estado.

Movimentação eleitoral

Cotado como possível candidato à Presidência da República em 2026, Tarcísio rechaçou que o SuperAção SP tenha caráter eleitoreiro. O governador reforçou que pretende concorrer à reeleição em São Paulo, e não ao Palácio do Planalto.

A expectativa é que o programa consuma R$ 500 milhões para estruturar a rede, capacitar os agentes e integrar as políticas públicas. Além disso, o pacote inclui um repasse adicional de R$ 150 milhões para que as prefeituras financiem ações de assistência social, elevando o total para R$ 390 milhões anuais — um aumento de 62,5%.