Antes de ir ao Egito, Trump discursou no Parlamento de Israel. Foto: Reprodução/Instagram

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (13) o fim da guerra de dois anos entre Israel e o movimento Hamas. O anúncio ocorreu em discurso no Parlamento de Israel, em Jerusalém, após a libertação dos últimos reféns israelenses e palestinos sob um acordo de cessar-fogo mediado por Washington, Egito, Catar e Turquia.

“Os céus estão calmos, as armas estão silenciosas, as sirenes estão paradas e o Sol nasce em uma Terra Santa que finalmente está em paz”, afirmou Trump ao Knesset, acrescentando que “um longo pesadelo para israelenses e palestinos havia terminado”.

Cúpula em Sharm el-Sheikh

Horas após o discurso, Trump viajou a Sharm el-Sheikh, no Egito, para participar de uma cúpula internacional sobre o futuro da Faixa de Gaza e os próximos passos rumo à paz regional. O encontro reuniu mais de 20 líderes mundiais e foi organizado em parceria com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

Na abertura da reunião, Trump assinou um documento conjunto com os líderes do Egito, Catar e Turquia, comprometendo-se a “trabalhar coletivamente para implementar e sustentar esse legado”.

Segundo a presidência egípcia, as discussões abordaram governança, segurança e reconstrução de Gaza. “Agora começa a reconstrução”, afirmou Trump, classificando o acordo de cessar-fogo como “o maior de todos”. 

Israel e o Hamas não participaram da cúpula, e líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos também não estiveram presentes. Em determinado momento, Trump cumprimentou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que manifestou interesse em desempenhar um papel na futura administração de Gaza.

“Frágil esperança”

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também participou do encontro no Egito. Em mensagem divulgada por seu porta-voz, Guterres elogiou a continuidade do cessar-fogo proposto por Trump, destacando os esforços diplomáticos e humanitários dos países mediadores e da Cruz Vermelha.

Segundo Guterres, o cessar-fogo oferece “uma frágil esperança de calma após um longo período de destruição e sofrimento”, representando uma oportunidade para israelenses e palestinos buscarem estabilidade e reconstrução.