Força democrática

TSE promove encontro plural de mulheres para discutir desafios e caminhos pela igualdade

Por Julia Fernandes Fraga - Em 25/11/2025 às 12:10 AM

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A presidente do TSE e ministra do STF conduziu as atividades nessa segunda, 24. Fotos: Secom/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu, nessa segunda-feira (24), o encontro “Democracia: substantivo feminino”, na véspera do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. O evento marca o início dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, iniciados em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.

Chamado à união feminina

Na abertura do evento pela manhã, a presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, fez um chamado à transformação social, pois “todas as vezes que uma de nossas irmãs sofre alguma violência — a de ser no nosso rosto, a de ser no nosso corpo, a de ser no nosso espírito —, saibam que todas nós igualmente sofremos”.

Ao lado dela estiveram a deputada federal Soraya Santos (PL-RJ) e a procuradora da República Raquel Branquinho.

Cármen Lúcia ressaltou também que mulheres negras e pobres são as mais vulneráveis à violência e afirmou que “não há democracia com desigualdade, discriminação e violência”. 

De acordo com a ministra, o momento foi reservado para ouvir as mulheres e para permitir que proponham ações conjuntas.

“Hoje o poder é do povo. A mulher é o povo. É a maioria do povo brasileiro. Hoje não é um dia de o poder estatal falar. Hoje é um dia de a sociedade civil falar. […] Que nos digam, nos ensinem e, principalmente, nos proponham o que nós podemos fazer juntas. Isso porque, juntas, somos mais, muito mais”, defendeu.

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O “Democracia: substantivo feminino” marcou a abertura dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher

Programação

O objetivo do “Democracia: substantivo feminino” era compartilhar histórias e perspectivas, discutir desafios para a efetivação da igualdade e fortalecer ações afirmativas e o enfrentamento da violência de gênero. Tendo sido organizado em três rodas de conversa ao longo do dia:

1. Ações afirmativas – debate sobre preconceitos “explícitos e ocultos” que ainda limitam a vida pública das mulheres (manhã), com a ministra Macaé Evaristo, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e a jornalista Flávia Oliveira; 

2. Violências naturalizadas – discussão sobre as “violências que a sociedade finge não ver”, mas que continuam restringindo autonomia e participação feminina (tarde), com a atriz Maria Ribeiro, a cantora Fafá de Belém e a empresária Luiza Helena Trajano;

3. Democracia, memória e futuro (encerramento), com a atriz Denise Fraga, a presidente da Rede Sarah, Lúcia Braga, a jornalista Basília Rodrigues e a líder indígena Thaís Pitaguary. 

Reflexão final

No fechamento do dia, a presidente Cármen Lúcia reiterou a importância do diálogo coletivo “para que se possa refletir sobre que Brasil democrático temos, que Brasil democrático queremos ter e o que fazer para ter este Brasil que nós queremos, este mundo que nós queremos”.

As transmissões das atividades estão disponíveis no canal do TSE no YouTube.

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