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Vice-líder do governo, Mauro Filho defende que Lula ligue para Trump para debater tarifaço

Por Aflaudisio Dantas - Em 24/07/2025 às 2:33 PM

FOTO: Dennis Moraes - Governo do Ceará

Para Mauro Filho, medidas como acionar a OMC são válidas, mas insuficientes Foto: Dennis Moraes – Governo do Ceará

O vice-líder do governo na Câmara, deputado Mauro Filho (PDT-CE), defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adote uma abordagem mais direta diante da ameaça imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para o país. Para o parlamentar, medidas como cartas diplomáticas e acionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) são importantes, mas insuficientes. “Carta não resolve”, afirmou, sugerindo que o próprio Lula telefone para Trump ou que o vice-presidente Geraldo Alckmin entre em contato com o vice-presidente americano, J. D. Vance.

Mauro Filho lembrou que países como México e Canadá conseguiram evitar prejuízos semelhantes em momentos de tensão com os EUA justamente por meio de negociações políticas em alto nível, sem intermediários.

Desde Trump anunciou que imporá tarifas de 50% a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, o governo Lula vem buscando canais formais para reverter a decisão. Entre as ações já adotadas estão o envio de cartas via diplomacia oficial, a tentativa de interlocução com autoridades americanas, sem sucesso até agora, e uma representação formal junto à OMC.

Nos bastidores, há frustração com a falta de retorno concreto por parte do governo americano, mesmo após sinalizações feitas por Alckmin. Diante disso, cresce dentro do próprio governo o entendimento de que apenas um gesto direto de Lula pode ter efeito.

Alternativas

Enquanto isso, Lula tem intensificado os esforços diplomáticos com apoio de outros países latino-americanos, como México e Chile, além de buscar respaldo internacional para contestar a medida unilateral de Trump. O tempo, porém, é curto: se nada for feito até o fim do mês, o chamado “tarifaço” poderá entrar em vigor já no início de agosto, com efeitos econômicos relevantes para o agronegócio e a indústria nacional.

 

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