Campanha Julho Verde alerta para a conscientização e prevenção dos cânceres de cabeça e pescoço – Foto: Freepik

O mês de julho é dedicado à campanha Julho Verde, que chama atenção para a conscientização e prevenção dos cânceres de cabeça e pescoço. No Brasil, esses tumores representam uma parcela significativa dos diagnósticos oncológicos, sendo o segundo tipo mais comum entre os homens, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Diante desse cenário, o Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) destaca a urgência de ações educativas e preventivas para combater a doença.

Esses tipos de câncer afetam regiões como a boca, faringe, laringe, tireoide, seios paranasais e glândulas salivares. De acordo com o Ministério da Saúde, são o quinto tipo de câncer mais incidente no país, o que torna a conscientização e o diagnóstico precoce indispensáveis para o enfrentamento da doença.

Principais fatores de risco

Segundo o cirurgião do CRIO e diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Dr. Hugo Luz, os principais fatores de risco são evitáveis. “O tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os principais vilões, sendo responsáveis por cerca de 80% dos diagnósticos. O uso combinado de cigarro e álcool potencializa ainda mais os riscos”, afirma.

Além disso, o HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o tipo 16, tem ganhado destaque como fator de risco para o câncer de orofaringe, atingindo inclusive pessoas jovens e não fumantes. “O vírus está relacionado ao aumento da incidência de câncer de orofaringe (parte da garganta atrás da boca), principalmente em indivíduos mais jovens e não fumantes”, completa o médico.

Diagnóstico precoce

O Julho Verde é uma oportunidade fundamental para estimular a adoção de hábitos saudáveis, como parar de fumar, evitar bebidas alcoólicas em excesso e manter uma boa higiene bucal. O CRIO ressalta que a informação é a melhor arma contra o câncer e convida a população a participar da campanha, levando adiante a mensagem de prevenção.

“O diagnóstico em previsões iniciais é crucial. Em muitos casos, a cura pode chegar a 90% quando a doença é identificada precocemente”, conclui o Dr. Hugo Luz.