O Ano começa agora

Agora é real, oficial, valendo

Por Admin - Última Atualização 11 de janeiro de 2022

Um, dois, três… Já!

Bolsa Em Emqueda Seu Dinheiro

Bolsa em queda livre/Foto: Seu Dinheiro

Não tem mais desculpa. Agora, 2022 começou mesmo. E se você quer dar o pontapé inicial no seu ano financeiro, vale uma boa olhada nos portfólios das corretoras, acionar seu analista de investimentos, falar com o seu gerente de banco ou, em último caso, estudar você mesmo o mercado. E escolher. Com ou sem ajuda especializada (o que é o mais indicado), prepare sua carteira de investimentos.  A questão é: existe uma conjuntura que demanda atenção. E, dentre várias mudanças do cenário (inflação, desemprego, dólar caro e porto para hedge, pouca liquidez etc), muitos recomendam começar pela renda fixa. Como assim?! Em pleno 2022? Sim. A Selic passou de uma mínima histórica e chegou ao índice mais alto dos últimos quatro anos. Este avanço acabou empurrando investidores para este papel, que andava meio encostado no ranking. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos de renda fixa captaram R$ 275,2 bilhões de janeiro até novembro do ano passado, enquanto os fundos de ações registraram saída de R$ 426,4 milhões no período. A depender da contabilidade de dezembro, e se houver mais saídas, será o primeiro ano negativo para a classe de ações desde 2016. “O fato de ser um ano difícil, não necessariamente vai ser ruim. Toda crise gera oportunidades”, indica Ronaldo Patah, diretor-executivo da UBS.

 

Bolsa desmoronando até quando?

Eis a pergunta de vários bilhões de dólares! 2021 foi um ano bastante difícil para a Bolsa. Índices de ações derreteram mundo afora. Depois de atingir o recorde de 131.190 mil pontos em junho e acumular 7% de alta no 1º semestre, o Ibovespa (índice da B3, bolsa brasileira) entrou numa espiral de queda e fechou o ano passado com  baixa de 11,9%. E a culpa é de quem? Sabemos de quem não é. Da inflação muito acima do esperado e juros altos, assim como menor expectativa de crescimento econômico e risco fiscal. A palavra “culpa”, entre aspas, é para deixar claro que fundamentos econômicos não são razão de nada. São, sim, consequências, efeitos. Saindo da esfera freudiana – afinal estamos falando sobre economia – para o cenário dos últimos dois anos, a imensa lacuna que deixa a não existência de uma política econômica definida e aplicada pode explicar muita coisa. A coluna, vira e mexe, lembra deste pequeno detalhe tão gigante na hora de pinçar as oportunidades.

 

Mas fazer o quê?

Frederico Sampaio, Thompson Templeton

Frederico Sampaio/Divulgação

Vá para a renda fixa, dirão 9 entre 10 especialistas de mercado. Por que? A inversão na Selic, que da mínima histórica chegou ao patamar mais alto já registrado nos últimos quatro anos, empurrou muitos investidores para produtos mais conservadores e, portanto, seguros. Melhor, mesmo. O mar não está para peixes grandes. Outro fundamento top 5 é o Produto Interno Bruto (PIB). As perspectivas para a produção de riqueza diminuíram de 3,41%, no primeiro Focus de 2021, para 0,36%. JP Morgan, por exemplo, já pensa em uma possível recessão à frente, enquanto o Austing Rating coroou a Bolsa brasileira como a segunda pior de 2021, perdendo apenas para a da Venezuela. O CIO da Franklin Templeton no Brasil, Frederico Sampaio, acrescenta: “A falta de visibilidade que 2022 dá sobre os anos posteriores é o grande desafio porque o cenário eleitoral ainda está profundamente desconhecido”,

 

É o fim do mundo?

Definitivamente, não. Historicamente, o Brasil tem uma economia bastante instável. Alguns períodos de estabilidade começaram a surgir com o Plano Real. Com tropeços (a maxidesvalorização da moeda brasileira em 1999, por exemplo), a economia nacional experimentou pelo menos duas décadas de pré-estabilidade e estabilidade plena. O ambiente político, começando com as manifestações de 2013 e culminando com o atual governo federal, que não adotou nenhuma política econômica, fez o país voltar a experimentar a vulnerabilidade, com baixas da Bolsa, ataques especulativos a preços como os dos combustíveis, altas do dólar, depreciação do real e vários outros fatores. Completando a lista, temos que lidar com pandemia e eleições. Mas muitos analistas apostam na adaptação meio darwinista da economia. E projetam, inclusive, recuperação da Bolsa. Como seguro morreu de velho e cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, opte pelo menor risco possível. Pelo menos, por enquanto.

 

Modalidade nova pode ser opção.

Um ativo novo surgindo e com consolidação prevista para 2022 são os fundos direcionados à energia renovável, e fundos com ativos de empresas de tecnologia com exposição simultânea de longo e curto prazos (long & short). Além disso, a pauta de ESG (ambiental, social e governança) também deve continuar crescendo. Outra opção: “A renda fixa no exterior deve ser mais impactada por causa do movimento de juros, mas a bolsa americana ainda está no meio de um ciclo. Por isso, temos a visão positiva para crédito corporativo, bolsa e ativos que combinam o longo com o curto prazo”, sugere o head da Franklin Brasil, Marcus Gonçalves.

 

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