Aquele velho ditado chinês

Por Admin - Em 09/11/2021 às 2:22 PM

Entre o perigo e a oportunidade…

 

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Crédito: Internet

 

“Quando escrita em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade.” A frase é do presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy. Ele era um político clássico, que fazia de cada palavra dita um acontecimento histórico. Democrata, descendente de irlandeses. Católico. Todas características que poderiam atrapalhar a carreira política brilhante, interrompida por seu assassinato. Mas o que  isso tem a ver com economia? Tudo! O mundo emerge, neste momento, de sua maior crise desde a Segunda Guerra Mundial. Default russo? Tigres asiáticos virando gatinhos? Bolhas de subprimes? Nada foi tão intenso e duro para os mercados e, principalmente, para as pessoas. As consequências de uma pandemia de proporção suficiente para paralisar o globo. E o parou! Estamos nos reinventando, aprendendo um “novo normal”, não tão novo assim, e recomeçando. Um segmento vem dando o exemplo de senso de oportunidade. As Pequenas e Médias Empresas (PMEs).

 

Contra números, voto de confiança.

Alguns acreditam que os números não mentem. Inocência… Eles mentem, sim. Todas as vezes que são manipulados. Mas em relação às PMEs, vale o voto de confiança. Maiores geradoras de empregos do País, 49% das micro, pequenas e médias empresas sofreram fortemente os impactos da pandemia. Mesmo assim, 90% delas acreditam que o momento abriu novas possibilidades de geração de renda.  Os dados são de pesquisa da Serasa Experian que ouviu 521 empreendedores de PMEs. Para 38% dos empresários, a crise abriu espaço para aprender novas modalidades de vendas. Um terço acredita que o momento era para empreender e inovar. E o outro terço aproveitou o período da pandemia para rever parcerias e fornecedores.

 

Novas possibilidades? Onde?

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Crédito: Divulgação

De acordo com a pesquisa, 26% dos empreendedores começaram a aplicar estratégias seguindo o perfil dos clientes; o que é uma ótima ideia em tempos de marketing digital. Outros 26% apostaram na tecnologia: passaram a adotá-la ou deram um up grade no uso. E 21% aproveitaram o tempo para focar em planejamento e gestão. Um total de 52,6% dos empresários pretende expandir os negócios com a volta ao normal. Seja ele um novo normal, ou o velho mesmo. O otimismo está comprovado em mais um dado do levantamento:  29,2% afirmam que voltarão ao  mesmo patamar de antes da pandemia.

 

Tudo à distância…

A pandemia provou que é possível tirar proveito da tecnologia para vivermos cada vez mais à distância. Se para as relações pessoais isso talvez  não seja recomendável, para os negócios pode ser o pulo do gato. A principal mudança estrutural promovida pelas empresas foi a alocação de recursos para trabalhar e atender remotamente. Pela telinha de computadores, notebooks, tablets e celulares, 53,2% dos pequenos empresários mantiveram ou incrementaram sua atividade. Aqui, alguns números  não manipulados: 51,7% fizeram investimentos em tecnologia para as vendas não presenciais; 36% disseram não ter tido perdas;  e 15% conseguiram ter um saldo positivo no período.

 

Autoajuda e gotas de sabedoria.

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Crédito: Divulgação

Duas palavras bateram o recorde interplanetário de vezes em que foram ditas, nos dois últimos anos: desafio e superação. Mas é assim mesmo. Na crise, como dizem os chineses citados por John Kennedy, o símbolo que prevalece é o da oportunidade. A bem da verdade, o grande desafio das PMEs foi continuar operando. Aí está a superação. Na outra ponta, a  digitalização das operações dos negócios aconteceu muito rapidamente. Cabe, aqui, outro ditado (ou será frase de caminhão?): trocaram o pneu com a Kombi  do Little Miss Sunshine andando. Mesmo assim, eis a oportunidade. O perigo? Não podemos esquecer que muitos destes negócios foram abertos em uma situação de emergência, sem a devida estrutura. E este fenômeno tem nome: precarização do trabalho. Tirando esse pequeno detalhe, está tudo bem.

 

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