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Proteja o seu dinheiro: O quê você precisa saber hoje

Por Admin - Em 20/10/2021 às 11:16 AM

Bolsa

Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

Ambiente econômico

Nesta quarta-feira, o ambiente de mercado conta com uma agenda de notícias econômicas leve nos países desenvolvidos. Com isso, a atenção dos mercados se volta para a divulgação dos resultados das empresas. Fiquem atentos aos principais índices de B3, Nova York, Londres, Ásia e, sempre em especial, a China. Política, petróleo, dólar, mercado imobiliário chinês devem estar no radar.

Efeito teto

Os movimentos do Planalto Central sempre repercutem na Faria Lima. Isso todos nós sabemos. O que ninguém esperava é que as hesitações de Brasília ocorressem de maneira tão frenética. Só que acontecem e o mercado financeiro até já precificou a contradição de um governo eleito liberal, com equipe e ministro ultraliberal, mas com a política como uma pedra no caminho.

Risco fiscal

Estão todos de olho no risco fiscal de um ano eleitoral. Auxílios temporários, transferências de renda intermitentes e sem tecnologia social. São aspectos que batem com força em duas âncoras econômicas importantes: Bolsa e Dólar. Ontem, terça-feira, o Ibovespa caiu fechando em baixa de 3,3% e 110.683 pontos. Ao contrário, a moeda americana, porto seguro em crises, subiu. Fechou em sua maior cotação desde abril, com alta de 1,32% a R$ 5,593.

Essa movimentação foi resultado da percepção de aumento do risco fiscal, após o anúncio de proposta do novo programa social pelo Governo que inclui R$ 30 bilhões fora do teto de gastos em seu orçamento.

Juros futuro ou futuro de juros?

Brasília e seus humores  também foram responsáveis pela disparada nos juros futuros na sessão de ontem. As máximas ficaram próximas de 70 pontos-base nos vértices intermediários. Vejam: DI jan/22 fechou em 7,574%; DI jan/24 foi para 10,52%; DI jan/26 encerrou em 10,95%; e DI jan/28 fechou em 11,17%.

E hoje?

A quarta-feira abre com mercados globais sem movimentos expressivos (EUA 0,0% e Europa +0,1%) enquanto investidores aguardam os resultados da Tesla e IBM, podendo fornecer pistas em relação ao atual impacto da crise dos semicondutores e inflação sobre as empresas de tecnologia.

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Foto: Reprodução

China desacelera

Na China (-0,3%), o mercado encerrou no negativo após dados oficiais apontarem a primeira queda (mês contra mês) nos preços das moradias, sugerindo que o país precisará de novos catalisadores de crescimento no futuro.

Evergrande

A crise imobiliária e os efeitos do default da Evergrande ainda fazem barulho porque o setor imobiliário representa grande parte do PIB chinês. Ainda sobre a Ásia, o Fundo Monetário Internacional reduziu suas expectativas de crescimento para a região de +7,6% em 2021 para +6,5%, em virtude do avanço da variante delta e medidas restritivas para a contenção do vírus.

Petróleo

O petróleo (-1,0%) interrompe a sua sequência de altas após pronunciamento do governo chinês sobre uma intervenção para abaixar os preços do carvão, diminuindo assim a necessidade da substituição da commodity pelos derivados do petróleo para a geração de energia.

Arremate

No Brasil, a sinalização de programas sociais em 2022 acima do teto de gastos deteriora a credibilidade e eleva a aversão ao risco. Se a medida for confirmada, o Banco Central terá que revisar seu cenário fiscal básico para 2022 e provavelmente sinalizará uma política monetária mais apertada na reunião do Copom na semana que vem.

Além disso, em política internacional, após semanas de impasse, democratas dizem estar perto de acordo para avançar a agenda econômica de Biden e esperam anunciar resolução no fim da semana. As negociações, que estão senado lideradas pelos senadores Joe Manchin e Bernie Sanders, visam conciliar as posições da ala mais moderada do partido, que defende uma proposta mais enxuta, e da ala mais à esquerda, que resiste reduções no projeto.

ESG e Senado

Às vésperas de iniciar a Cop-26, em Glasgow, o Senado deverá aprovar nesta quarta-feira a antecipação em cinco anos da meta brasileira para reduzir suas emissões de gases estufa. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, actedita que o Brasil vem presenciando choques climáticos adversos, que afetaram os preços de alimentos e energia, com impactos na inflação.

Agenda de sustentabilidade

Campos Neto diz que a agenda de sustentabilidade é importante para os bancos centrais porque essas questões têm potencial para afetar as duas principais missões das instituições: a política monetária e a estabilidade financeira.

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