POSSÍVEIS CONJUNTURAS
ACE e FIEC debatem cenários econômicos para 2026 durante o ano pré-eleitoral
Por Marcelo Cabral - Em 03/11/2025 às 8:51 PM

André Montenegro, Roseane Medeiros, Lauro Chaves Neto, Sérgio Melo e Luís Rosenberg, durante o evento realizado na Casa da Indústria Fotos: George Lucas/Gecom FIEC
A Academia Cearense de Economia (ACE) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) promoveram, nesta segunda-feira (3), uma palestra sobre ‘Conjuntura econômica em ano de eleição’, reunindo representantes do setor produtivo, especialistas e lideranças empresariais para analisar os possíveis cenários do Brasil em 2026. A explanação foi conduzida pelo economista Luís Paulo Rosenberg, presidente da Rosenberg Partners, cuja trajetória inclui atuação no Ministério do Planejamento, Banco Central, universidades no Brasil e exterior, além de participação em conselhos de grandes empresas.
O vice-presidente da FIEC, André Montenegro, destacou a relevância de encontros que conectam diferentes visões e fortalecem a capacidade analítica do setor industrial. “Temos conseguido aproximar especialistas e lideranças ao estimular conversas que ampliam repertórios e inspiram práticas inovadoras. Recentemente fizemos uma missão internacional em Hong Kong e algumas visitas técnicas a escolas politécnicas evidenciaram a importância de garantir oportunidades iguais desde a formação escolar para impulsionar países que desejam crescer de maneira sustentável”, relatou.
O presidente da ACE, Sérgio Melo, contextualizou o momento vivido pelo País como parte de um movimento global de transição. “O momento pré-eleitoral exige atenção tanto para as possibilidades de continuidade das políticas atuais quanto para a chance de mudanças significativas caso outro projeto de governo seja eleito. Discutir cenários, riscos e oportunidades se torna indispensável para orientar decisões em um ambiente em que visões distintas sobre desenvolvimento e gestão econômica podem ganhar protagonismo no curto prazo”, explicou.
Competitividade industrial em foco

Lauro Chaves Neto ressaltou a relevância da competitividade industrial
O assessor econômico da FIEC, Lauro Chaves Neto, reforçou que a leitura acurada dos cenários econômicos é essencial para a competitividade industrial cearense. “Avaliar tendências e probabilidades permite às indústrias aprimorarem seus planejamentos, ajustarem estratégias e se prepararem para diferentes contextos. Essa prática reduz vulnerabilidades e aumenta a capacidade de resposta diante de transformações no mercado, contribuindo para que empresas cearenses conquistem resultados consistentes mesmo em períodos de incerteza”, disse. E ressalta que a FIEC, sob a liderança do presidente Ricardo Cavalcante, acompanha atentamente os fatores que podem influenciar o desempenho das empresas locais.
Em sua análise, o economista Luís Paulo Rosenberg afirmou que o Brasil chega ao fim de 2025 com resultados mais sólidos do que o debate político evidencia. “A inflação se encontra sob controle, o mercado de trabalho apresenta equilíbrio saudável e as contas externas exibem robustez, com reservas adequadas para enfrentar oscilações internacionais. O ambiente eleitoral de 2026 deve intensificar disputas por narrativas. De um lado, o Governo tende a destacar resultados econômicos; de outro, a oposição deverá buscar pautas alternativas para equilibrar o debate”, avaliou.
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