TENDÊNCIA
Acessórios para bolsas viram aposta das grifes de luxo
Por Redação - Em 18/08/2025 às 12:01 AM

Mais do que receita, os “amuletos” funcionam como estratégia de conexão com clientes em um momento de consumo contido
O mercado de luxo encontrou nos enfeites de bolsas uma nova forma de atrair consumidores em tempos de retração. Os chamados “amuletos” – que vão de chaveiros a mini-bolsas – conquistaram a Geração Z e já marcam presença em desfiles e vitrines de grandes marcas.
Com as vendas de bolsas e roupas em queda, empresas como LVMH, Kering e Prada buscam compensar o recuo oferecendo itens menores e mais acessíveis. Apenas no segundo trimestre deste ano, a unidade de moda e couro da LVMH recuou 9%, enquanto a Gucci caiu 25% e a Prada, 3,6%. A consultoria Bain prevê retração de até 5% no setor de luxo pessoal em 2025 – o pior desempenho desde 2009, excluindo a pandemia.
Marcas como Coach e Kate Spade ampliaram a oferta de berloques, posicionando-os como uma “porta de entrada” para consumidores que querem ostentar a grife sem pagar milhares de dólares. Os preços variam de pouco mais de US$ 100 a mais de US$ 1.000 em peças exclusivas, como um acessório da Louis Vuitton em formato de caranguejo.
Analistas apontam, no entanto, que os chaveiros representam apenas uma fração do faturamento das grifes. Mais do que receita, eles funcionam como estratégia de conexão com clientes em um momento de consumo contido. “A pior coisa para uma marca é perder completamente um consumidor”, resume Neil Saunders, da GlobalData.
Mais notícias
Grupos definidos




























