Movimento nos aeroportos brasileiros vêm num crescimento consolidado há quatro meses

A aviação civil brasileira segue em franca ascensão. Em junho, os aeroportos do país movimentaram impressionantes 10,4 milhões de passageiros, um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período de 2024, segundo o relatório de demanda e oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se do quarto mês consecutivo de avanço no setor – todos com recordes históricos desde o início da série, em 2000.

O desempenho robusto foi observado tanto em voos domésticos quanto internacionais. As rotas nacionais responderam por 8,2 milhões de embarques, incremento de 11,2% na comparação anual. Já o tráfego internacional registrou alta de 12,8%, somando 2,2 milhões de passageiros – o melhor desempenho para um mês de junho nos últimos 25 anos.

Para o titular do Ministério de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, os números refletem não apenas a retomada econômica, mas, sobretudo, a política de modernização da infraestrutura aeroportuária nacional. “Estamos inaugurando terminais, modernizando nossos aeroportos e ampliando sua capacidade de atendimento. O objetivo é claro: garantir conforto, eficiência e segurança aos passageiros. Esses dados demonstram o dinamismo e a força do setor aéreo brasileiro”, afirma.

No acumulado do primeiro semestre de 2025, os terminais brasileiros receberam 61,8 milhões de passageiros – avanço de 10% em relação aos seis primeiros meses de 2024. Do total, 48 milhões viajaram em voos nacionais, enquanto 13,8 milhões embarcaram para destinos internacionais.

Oferta, demanda e eficiência operacional

Os indicadores de eficiência também apresentaram desempenho expressivo. A demanda – medida em passageiros-quilômetro pagos (RPK) – cresceu 14,5% no mercado doméstico e 11,6% nas rotas internacionais. Já a oferta de assentos (ASK) teve expansão de 16,9% no território nacional e 12,4% no exterior. De forma consolidada, a demanda total do setor aéreo subiu 12,8% em junho, enquanto a oferta acompanhou com aumento de 14,2%, refletindo um alinhamento estratégico entre capacidade instalada e procura.

Na contramão do transporte de passageiros, o segmento de carga aérea apresentou retração. Foram movimentadas 108,7 mil toneladas em junho – queda de 5,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No mercado interno, o recuo foi mais acentuado, com 35,1 mil toneladas transportadas (-12,2%). Já no setor internacional, o volume atingiu 73,6 mil toneladas, queda de 2,4%.

Mesmo com esse recuo pontual no transporte de cargas, o panorama geral da aviação brasileira é de vigor e expansão, impulsionado por investimentos estruturantes e pela confiança renovada de consumidores e operadores em um setor cada vez mais moderno e competitivo.