Desde o ano passado, as mulheres passaram a liderar as contratações, em um território historicamente dominado por homens Foto: Freepik

Com duas décadas de atuação, o Agroamigo — programa de microcrédito rural do Banco do Nordeste — chega aos 20 anos com números que evidenciam seu impacto social e econômico no campo. Desde 2005, foram R$ 44,3 bilhões em crédito produtivo aplicado, por meio de 8,3 milhões de operações, alcançando diretamente quase três milhões de agricultores familiares. O alcance indireto é ainda mais expressivo: mais de 16 milhões de pessoas beneficiadas.

Só em 2024, o programa bateu recorde histórico ao contratar R$ 8,6 bilhões, resultado que representa um crescimento médio de 126% em relação ao período entre 2019 e 2022. Os dados indicam um movimento claro de fortalecimento da política de crédito orientado no Nordeste e uma aposta estratégica do banco na inclusão produtiva rural.

Mulheres assumem protagonismo

Um dos marcos recentes do Agroamigo é a guinada no perfil do público atendido. Desde o ano passado, as mulheres passaram a liderar as contratações, em um território historicamente dominado por homens. A mudança é vista como um sinal positivo de avanço em direção à equidade de gênero e à autonomia econômica feminina no meio rural.

Além disso, o teto de crédito por família subiu de R$ 6 mil para até R$ 35 mil, o que tem impulsionado novos investimentos em produção, infraestrutura e serviços. A ampliação da linha contribui para diversificar atividades como horticultura, avicultura e ovinocultura — áreas com forte presença feminina.

“Os resultados do Agroamigo refletem um modelo de crédito orientado aliado a ações de gestão financeira. O programa é hoje uma referência nacional em microfinanças rurais”, avalia Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste.