NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Alckmin vê substituição do dólar como meta de longo prazo
Por Redação - Em 27/10/2025 às 12:42 PM

Alckmin reforçou que o Brasil busca equilíbrio entre integração regional, inovação tecnológica e ampliação das parcerias comerciais
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta segunda-feira (27) que a substituição do dólar nas transações internacionais deve ser tratada como uma estratégia de longo prazo. Em entrevista ao ICL Notícias, Alckmin destacou que já existem caminhos viáveis para ampliar o comércio exterior brasileiro com moedas locais, especialmente entre países vizinhos e membros dos Brics.
“Se o Brasil exporta US$ 1 bilhão e importa US$ 1,1 bilhão de um parceiro regional, não há necessidade de fazer tudo em dólar. É possível compensar parte dessas operações”, explicou. Para o vice-presidente, a discussão sobre uma moeda comum entre os Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — representa um avanço importante, mas que “não acontecerá de um dia para o outro”.
A proposta tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem defendendo a diversificação das moedas nas trocas comerciais entre países emergentes. Segundo ele, é preciso “testar novos modelos” para reduzir a dependência da moeda americana nas transações globais.
Encontro com Trump
Alckmin também classificou como “muito positiva” a reunião entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada no domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro, segundo ele, abriu espaço para aprofundar o diálogo comercial e buscar novos acordos em áreas estratégicas, como terras raras e tecnologia.
O vice-presidente destacou ainda que o Brasil pode se beneficiar de investimentos em data centers e inteligência artificial, e defendeu a aprovação da Medida Provisória do Redata, que estabelece regras para o setor. “Os Estados Unidos são os maiores investidores nessa área. Para atrair bilhões em tecnologia, é essencial ter uma legislação clara e estável”, afirmou.
Com tom pragmático, Alckmin reforçou que o Brasil busca equilíbrio entre integração regional, inovação tecnológica e ampliação das parcerias comerciais, sem abrir mão da autonomia nas decisões de política econômica.
Mais notícias
clima de sapucaí




























