ALTA DE 4,6%

Arrecadação federal em julho bate recorde e soma R$ 254,2 bilhões em julho

Por Redação - Em 21/08/2025 às 11:54 AM

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A arrecadação com o Imposto sobre Operações Financeiras atingiu R$ 6,5 bilhões em julho, crescimento de R$ 756 milhões em relação ao ano anterior

A arrecadação de tributos federais alcançou R$ 254,2 bilhões em julho, o maior valor já registrado para o mês desde o início da série histórica em 1995, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (21). O resultado representa um crescimento real de 4,6% frente a julho de 2024, quando foram arrecadados R$ 231 bilhões.

O desempenho também superou o de junho, quando a União arrecadou R$ 234,6 bilhões. No acumulado de janeiro a julho, o montante chegou a R$ 1,679 trilhão, avanço real de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 1,529 trilhão), estabelecendo novo recorde para o período.

Em julho, as receitas administradas diretamente pela Receita Federal somaram R$ 239 bilhões, alta de 5,75% sobre igual mês de 2024. Já os valores geridos por outros órgãos recuaram 11%, totalizando R$ 15,2 bilhões. As desonerações tributárias no mês representaram renúncia de R$ 10,1 bilhões, chegando a R$ 70,85 bilhões no acumulado do ano.

Destaque para o IOF

A arrecadação com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) atingiu R$ 6,5 bilhões em julho, crescimento de R$ 756 milhões em relação ao ano anterior. No acumulado de 2025, o imposto rendeu R$ 43,5 bilhões, aumento real de 9,42%. O avanço foi impulsionado por operações de crédito a empresas, movimentações de moeda estrangeira e negociações com títulos e valores mobiliários, além de mudanças recentes na legislação.

Disputa sobre o imposto

O IOF voltou ao centro do debate em 2025. No primeiro relatório bimestral do ano, o governo projetava arrecadar R$ 20 bilhões com o aumento do imposto para cumprir a meta fiscal. A medida, no entanto, enfrentou resistência no Congresso e sofreu alterações. Após derrubada parcial do decreto, o impasse foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro Alexandre de Moraes decidiu manter o aumento da alíquota, mas excluiu a cobrança sobre o risco sacado. Ele também determinou que não haja cobrança retroativa durante o período em que a norma esteve suspensa, evitando novas disputas judiciais entre o governo e as empresas.

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