Mercado global

Arte movimenta mais de US$ 68 bilhões e atrai novos perfis de colecionadores

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 22/05/2025 às 12:15 PM

Mercado Global De Arte

Obras contemporâneas, com temáticas ligadas à diversidade, sustentabilidade e inovação, ganharam protagonismo Foto: Freepik

Segundo o mais recente Art Basel & UBS Art Market Report, publicado no final de 2024, o mercado global de arte movimentou US$ 68,3 bilhões no ano anterior, com crescimento de 4% nas vendas. O avanço foi puxado principalmente por um aumento nas transações de menor valor, cenário que reflete o comportamento mais cauteloso de colecionadores diante da instabilidade econômica internacional.

O relatório indica que as vendas online representaram 18% do faturamento total do setor, alcançando US$ 11,8 bilhões. Apesar de ainda abaixo do pico registrado em 2021 (US$ 13,3 bilhões), o resultado é quase o dobro do período pré-pandemia e mostra a consolidação de canais digitais na comercialização de obras, sobretudo as de menor valor agregado.

Já no segmento de leilões presenciais, o alto padrão continua dominante. Em 2023, mais de 95% das vendas exclusivamente online foram de peças abaixo de US$ 50 mil, enquanto as transações presenciais lideraram o mercado de obras com valor superior a US$ 1 milhão. A experiência offline, mais personalizada e discreta, segue como preferida entre os colecionadores de arte de luxo.

Digitalização amplia acesso

Com o fortalecimento das plataformas digitais, o acesso ao mercado tornou-se mais democrático — e o perfil do comprador também mudou. Obras contemporâneas, com temáticas ligadas à diversidade, sustentabilidade e inovação, ganharam protagonismo: quase 36 mil peças vendidas em leilões no ano passado foram criadas nos últimos 20 anos, representando 30% do valor total movimentado no segmento Pós-Guerra e Contemporâneo.

As projeções para 2025 incluem a adoção mais madura da tecnologia blockchain, o uso de realidade aumentada e experiências híbridas que combinam o físico e o digital. A arte, agora mais conectada e fluida, segue como termômetro de tendências sociais, econômicas e culturais — sem perder o prestígio que sempre a definiu.

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