Radar de Futuros,
As 50 tecnologias que podem revolucionar o mercado financeiro até 2035
Por Redação - Em 10/09/2025 às 12:01 AM

O investimento em IA no Brasil deve ultrapassar R$ 47 bilhões em 2025, crescimento de 13% em relação ao ano anterior FOTO: Freepik
Segurança e tecnologia são prioridades permanentes para o sistema financeiro. De olho nas transformações aceleradas do setor, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apresentou o estudo Radar de Futuros, que identifica as inovações com maior potencial de impacto até 2035.
O levantamento contou com especialistas de diferentes áreas, que avaliaram 90 tecnologias. As 50 mais bem classificadas compõem o ranking divulgado pela entidade. Entre elas, destacam-se o blockchain proof-of-stake (PoS), que elimina a necessidade de mineração intensiva; o passaporte financeiro global, baseado em identidade digital descentralizada; e a tokenização de ativos, que permite representar bens e direitos por meio de tokens digitais.
Para o superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da Anbima, Marcelo Billi, o estudo atende a uma demanda do próprio mercado. “Nosso objetivo é apoiar diretamente os processos das instituições, oferecendo uma visão ampla das tendências”, afirmou.
Inteligência artificial em destaque
Embora não seja novidade no setor, a inteligência artificial (IA) ganhou protagonismo. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o investimento em IA no Brasil deve ultrapassar R$ 47 bilhões em 2025, crescimento de 13% em relação ao ano anterior.
No Santander, a tecnologia já apoia consultores de investimento e processos de atendimento, além de ser aplicada no desenvolvimento de softwares com soluções de IA generativa. O Bradesco, por sua vez, tem na assistente virtual BIA um de seus principais exemplos, somando bilhões de interações, e utiliza a plataforma BRIDGE para integrar diferentes aplicações de IA generativa em seus negócios.
Blockchain e identidade digital
Além da IA, tecnologias como blockchain e identidade digital aparecem como caminhos estratégicos. O Santander lançou o sistema N-Cotas, que tokeniza cotas de consórcio, enquanto o Bradesco testou a Identidade Digital Bradesco, baseada em blockchain, que promete eliminar cadastros e senhas.
Ambas as instituições também acompanham o avanço do passaporte financeiro global, visto como ferramenta capaz de aumentar a eficiência, reduzir custos e ampliar a inclusão financeira.
O que vem pela frente
Entre as tendências listadas pela Anbima, a Delivery versus Payment (DvP) — mecanismo que garante a liquidação simultânea de ativos e pagamentos — aparece como inovação relevante. O Drex, moeda digital em desenvolvimento pelo Banco Central, e os contratos inteligentes são apontados como tecnologias complementares a esse processo.
Além disso, o setor já se prepara para a chamada era pós-quântica, com investimentos em criptografia avançada para proteger ativos contra ameaças futuras.
Com o Radar de Futuros, a Anbima busca orientar o mercado sobre as inovações mais promissoras. A expectativa é que, até 2035, soluções em blockchain, inteligência artificial e identidade digital estejam incorporadas de forma definitiva às operações financeiras e de capitais no país.
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