A possibilidade de destruição significativa de riqueza caso a bolha estoure é uma das principais preocupações dos investidores FOTO: Freepik

O ritmo de valorização das gigantes de tecnologia reacendeu a preocupação com uma possível bolha no setor de inteligência artificial (IA). Nos últimos cinco anos, empresas como Microsoft (+142%), Meta (+158%) e Alphabet (+220%) acumularam ganhos expressivos, enquanto o S&P 500 avançou cerca de 96% no mesmo período. A Nvidia, protagonista do movimento, chegou a responder por 8% do índice — um peso considerado incomum para uma única companhia de chips.

A disparada, porém, começa a encontrar resistência. Segundo pesquisa do BofA Global Research, 54% dos gestores de fundos já acreditam que o mercado vive uma bolha de IA, enquanto 38% discordam. Essa divisão reflete o desconforto crescente sobre o tamanho da valorização e sobre a capacidade de a tecnologia entregar o retorno esperado.

As projeções financeiras, no entanto, continuam robustas. A consultoria Gartner estima que os gastos globais com IA devem atingir US$ 1,5 trilhão até o fim de 2025. O desafio, agora, é saber se essa expansão será suficiente para sustentar valuations tão elevados.

O humor recente do mercado mostra que a confiança não é absoluta. Na última semana, Nvidia e Microsoft acumularam quedas de aproximadamente 5%, enquanto AMD e Palantir recuaram mais de 10%. O movimento acende um alerta sobre a dependência dos índices americanos em relação às big techs: um ajuste mais forte em empresas ligadas à IA tem potencial para provocar perda de valor em todo o mercado.

A possibilidade de destruição significativa de riqueza caso a bolha estoure é uma das principais preocupações dos investidores, especialmente diante do peso crescente da tecnologia na economia dos Estados Unidos.