A empresa já havia renegociado parte de sua dívida com arrendadores e credores financeiros, totalizando cerca de US$ 1 bilhão em acordos

A companhia aérea Azul protocolou nesta quarta-feira (28) um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A medida busca reorganizar dívidas acumuladas durante e após a pandemia da Covid-19, que deixaram a empresa sob forte pressão financeira.

Com a notícia, os ADRs da empresa caíam quase 30% no pré-mercado norte-americano.

A empresa afirmou ter fechado acordos com credores estratégicos, incluindo arrendadoras e companhias aéreas como United e American Airlines. O plano prevê eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas, um financiamento emergencial de US$ 1,6 bilhão e até US$ 950 milhões em capital adicional.

Segundo o CEO John Rodgerson, o objetivo é concluir o processo ainda em 2025. “Entramos já pensando na saída, com apoio financeiro garantido”, afirmou.

A decisão também deve adiar qualquer possibilidade de fusão com a Gol, rival direta que também passou por processo semelhante nos últimos anos. Azul segue os passos de outras aéreas da América Latina como Avianca, Aeroméxico e LATAM.

Antes do pedido formal, a empresa já havia renegociado parte de sua dívida com arrendadores e credores financeiros, totalizando cerca de US$ 1 bilhão em acordos. No entanto, problemas logísticos, alta nos juros e a desvalorização do real dificultaram a recuperação.