FATO RELEVANTE
Azul informa que fez acordo de R$ 3 bilhões com arrendadores
Por Redação - Em 08/10/2024 às 10:11 AM

A Azul afirmou que os acordos fazem parte de um plano para fortalecer a geração de caixa e melhorar sua estrutura de capital
A Azul (AZUL4) divulgou, nessa segunda-feira (7), um fato relevante que traz notícias positivas para os acionistas. A companhia aérea firmou acordos comerciais com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), abrangendo cerca de 92% do patrimônio emitido no ano passado.
O acordo consiste na troca da participação pro-rata dos credores no saldo da obrigação atual, estimado em cerca de R$ 3 bilhões, por até 100 milhões de ações preferenciais em uma única emissão. Essa troca está sujeita a certas condições e aprovações. Com base no fechamento das ações a R$ 5,75, a emissão de 100 milhões de ações representa um valor de aproximadamente R$ 575 milhões.
A Azul afirmou que os acordos fazem parte de um plano para fortalecer a geração de caixa e melhorar sua estrutura de capital. No entanto, a negociação depende de ajustes em outras obrigações, incluindo a captação de financiamento adicional e a finalização da documentação vinculativa com os credores. As conversas também seguem com os 8% restantes dos arrendadores e outras partes interessadas.
A XP considerou o acordo positivo, já que a diluição seria significativamente menor em comparação com um instrumento conversível em ação, reduzindo de 55% para 21%. Além disso, isso pode abrir oportunidades para financiamento adicional, aumentando a liquidez de curto prazo da Azul.
O Bradesco BBI lembrou que, em maio de 2023, a Azul e os arrendadores de aeronaves concordaram em converter US$ 570 milhões de passivos de leasing em obrigações de capital a um preço de R$ 36,00 por ação. Na nova negociação, o preço de conversão foi ajustado para R$ 30,00, aumentando a diluição de 20,5% para 22,3%.
Analistas do BBI esperam uma reação positiva do mercado, afirmando que o acordo deve facilitar as negociações com outros credores. Com base no preço atual das ações, a conversão de R$ 3 bilhões de passivos de leasing a R$ 30,00 por ação poderia elevar o preço das ações para R$ 11,16. O banco mantém a recomendação de “outperform” para a Azul, com um preço-alvo de R$ 20,00 para 2025.
O JPMorgan destacou que o anúncio está em linha com as expectativas, uma vez que uma diluição de capital de 20-25% já havia sido antecipada. O banco considerou o anúncio positivo, pois elimina a pressão de um possível pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, que impactou o desempenho da Azul em relação ao Ibovespa. O JPMorgan mantém uma recomendação neutra para as ações da companhia.
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