O Ebitda caiu 2,1%, somando R$ 1,385 bilhão, e a margem Ebitda recuou 4,6 pontos, para 25,7%

A Azul registrou lucro líquido de R$ 783,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 1,1 bilhão no mesmo período do ano anterior. Apesar do avanço contábil, o resultado ajustado indica prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, mais do que o quádruplo do valor negativo de R$ 324,2 milhões apurado em 2024.

O desempenho operacional foi afetado por fatores macroeconômicos. O Ebitda caiu 2,1%, somando R$ 1,385 bilhão, e a margem Ebitda recuou 4,6 pontos, para 25,7%. A empresa aponta como causas a desvalorização de 18% do real frente ao dólar, inflação de 5,5% e aumento de 3% nos preços do combustível.

Por outro lado, a receita líquida atingiu R$ 5,39 bilhões, alta de 15,3% em relação a 2024, estabelecendo um novo recorde para o período. A receita com transporte de passageiros cresceu 15,2%, enquanto a de cargas e outras fontes aumentou 17,3%, chegando a R$ 377 milhões.

O CEO da companhia, John Rodgerson, destacou que os impactos negativos foram parcialmente compensados por melhorias operacionais. A produtividade por funcionário (ASK/FTE) cresceu 19% e o consumo de combustível por ASK caiu 2,5%, impulsionado por investimentos em aeronaves mais eficientes.

Rodgerson reforçou o foco da Azul em atender mercados regionais não explorados e ressaltou que 82% das rotas operadas pela empresa são exclusivas. A malha aérea da companhia cobre mais de 150 destinos no país, boa parte deles em regiões de crescimento acelerado.