Energia limpa
Banco do Nordeste evita 18 milhões de toneladas de CO₂ com projetos renováveis
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 04/06/2025 às 7:05 AM

Projeção considera os R$ 4,4 bilhões destinados à construção de grandes usinas solares e eólicas Foto: Imagem gerada por IA
Os investimentos do Banco do Nordeste em geração de energia limpa devem evitar, apenas em 2024, a emissão de 18,3 milhões de toneladas de CO₂ equivalente. A estimativa leva em conta os R$ 4,4 bilhões destinados à construção de grandes usinas solares e eólicas, das quais R$ 3,9 bilhões foram contratados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Ao todo, são 47 empreendimentos que, juntos, devem gerar 1.930 megawatts de potência instalada.
O impacto ambiental desses projetos foi calculado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE) com base em metodologia do BNDES. Só os 47 maiores empreendimentos devem evitar, nos próximos 25 anos, 15,7 milhões de toneladas de emissões, o equivalente a seis anos de circulação da frota de automóveis da cidade de São Paulo.
Redução de emissões, atração de negócios
“Cada R$ 250 aplicados pelo FNE evitam a emissão de uma tonelada de CO₂. Isso mostra o peso estratégico do banco na transição energética do país”, avalia José Aldemir Freire, diretor de Planejamento do BNB. Segundo ele, os investimentos não apenas reduzem a pegada ambiental da matriz elétrica brasileira, como também criam uma infraestrutura capaz de atrair novas empresas para a região.
Além da redução de emissões, os financiamentos também impulsionam investimentos privados: os R$ 3,9 bilhões do FNE alavancaram outros R$ 3,8 bilhões em recursos próprios dos clientes, com efeito direto na geração de empregos, contratação de serviços e recolhimento de impostos.
Metodologia e comparativos
O cálculo considera todo o ciclo de vida dos empreendimentos e compara a energia gerada por fontes renováveis com a que seria produzida pela matriz energética tradicional. As emissões evitadas equivalem ao plantio de 952 km² de árvores — cerca de 158 mil campos de futebol.
A economista do ETENE, Célia Colen, responsável pelo estudo, utilizou a “Calculadora de Emissões Evitadas e Removidas” do BNDES, ferramenta que se baseia no fator de emissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) e em diretrizes do World Business Council for Sustainable Development.
Ao todo, foram financiados 44 parques solares, responsáveis por R$ 3,5 bilhões em crédito e geração de 1.821 MW, além de três projetos eólicos que somam quase 110 MW de capacidade instalada.
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