Avanço corporativo
Bayer supera previsão com lucro de €1,51 bilhão no terceiro trimestre
Por Redação - Em 12/11/2025 às 10:30 AM

Apesar dos avanços no lucro, o faturamento cresceu menos do que o esperado, afetado pela concorrência de genéricos e pela desaceleração da área de saúde do consumidor
A Bayer registrou alta no lucro do terceiro trimestre de 2025, impulsionada pelo bom desempenho da divisão de ciências agrícolas e pela forte demanda por novos medicamentos. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou 1,51 bilhão de euros (US$ 1,75 bilhão), superando as projeções de analistas, que estimavam 1,29 bilhão de euros.
O CEO Bill Anderson tem buscado restaurar a confiança dos investidores após anos de pressão decorrentes de litígios envolvendo o herbicida Roundup, adquirido com a compra da Monsanto em 2018. O executivo promete reduzir significativamente o passivo judicial até o fim de 2026 e segue implementando um programa de eficiência que já resultou na redução de milhares de postos de trabalho.
Apesar dos avanços no lucro, o faturamento cresceu menos do que o esperado, afetado pela concorrência de genéricos e pela desaceleração da área de saúde do consumidor. A empresa revisou para baixo a projeção de receita desse segmento, citando um cenário desafiador na América do Norte e na Ásia.
Na divisão farmacêutica, o destaque ficou por conta do Kerendia (tratamento renal) e do Nubeqa (contra o câncer), que registraram forte demanda. Em contrapartida, medicamentos consolidados como Xarelto e Eylea tiveram queda nas vendas. A Bayer aposta agora no Lynkuet, novo fármaco para menopausa aprovado recentemente nos Estados Unidos.
Já a unidade agrícola foi impulsionada pela alta procura por sementes de milho, embora os preços mais baixos do glifosato continuem pressionando os resultados. Até setembro, a companhia contabilizava 197 mil ações judiciais relacionadas ao Roundup — 65 mil ainda pendentes.
Mesmo com desafios, o mercado reagiu positivamente: as ações da Bayer subiram 2,1% no pregão alemão e acumulam valorização de 42% no ano, refletindo expectativas de retomada gradual da confiança e do crescimento sustentável do grupo.
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