TARIFAS COMERCIAIS
Brasil ameaça levar disputa com EUA à OMC, mas decisão pode ter efeito simbólico
Por Redação - Em 05/08/2025 às 10:30 AM

Alckmin afirmou que a consulta foi aprovada e aguarda apenas a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva FOTO: Agência Brasil
O Brasil deu um passo formal para contestar, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos nacionais. A iniciativa, liderada pelo Ministério das Relações Exteriores, foi autorizada pelo Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e publicada nessa segunda-feira (4) no Diário Oficial da União.
A resolução, assinada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sinaliza uma tentativa do governo brasileiro de defender os interesses comerciais do país em meio à crescente tensão tarifária com Washington.
Apesar da movimentação diplomática, o gesto pode não passar de um sinal político. Isso porque o órgão de apelação da OMC, responsável por julgar em última instância disputas comerciais, está paralisado há anos — consequência direta do bloqueio dos Estados Unidos à nomeação de novos membros. Ou seja, mesmo que o Brasil leve o caso adiante, a falta de um sistema funcional para decisões finais enfraquece o poder de pressão da OMC.
Ainda assim, Alckmin afirmou que a consulta foi aprovada e aguarda apenas a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o momento e a estratégia de acionamento do mecanismo. “O presidente Lula agora vai decidir quando fazê-lo e como fazê-lo”, declarou.
A movimentação brasileira reforça um esforço para reafirmar o papel do país no comércio global e enviar um recado político ao governo norte-americano, em meio a um cenário internacional cada vez mais complexo e protecionista.
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