NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Brasil atrai US$ 4,2 bilhões em investimentos chineses e sobe ao 3º lugar no ranking global
Por Redação - Em 04/09/2025 às 1:00 PM

Apesar da expansão, o valor ainda é inferior à média de US$ 6,6 bilhões por ano registrada entre 2015 e 2019
O Brasil se consolidou como o terceiro maior destino de investimentos da China no mundo em 2024 e o principal fora da Europa, segundo levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). No ano passado, empresas chinesas aplicaram US$ 4,2 bilhões no país, mais que o dobro do volume registrado em 2023.
Os recursos foram destinados a 39 projetos, o maior número já registrado, abrangendo desde energia até carros elétricos e serviços digitais, como aplicativos de entrega de alimentos. Historicamente, os aportes chineses se concentravam em grandes empreendimentos de petróleo e transmissão de energia, mas agora se diversificam em novas áreas da economia brasileira.
Apesar da expansão, o valor ainda é inferior à média de US$ 6,6 bilhões por ano registrada entre 2015 e 2019, quando predominavam megaprojetos no setor de energia. Nos Estados Unidos, por exemplo, o fluxo chinês caiu para US$ 2,2 bilhões em 2024, refletindo as tensões da guerra comercial.
O Brasil também se destaca no cenário diplomático. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping se reuniram duas vezes no último ano, reforçando acordos estratégicos em meio ao distanciamento da China do mercado norte-americano.
Mesmo com o avanço asiático, os Estados Unidos continuam líderes no Brasil, com US$ 8,5 bilhões em investimentos diretos em 2024. Para especialistas, o desafio é garantir que o capital chinês ajude a fortalecer cadeias produtivas locais, reduzindo a dependência de peças importadas e gerando mais empregos.
No entanto, entraves permanecem: custos elevados, complexidade tributária e rigidez trabalhista ainda dificultam a expansão de fábricas no país. Casos recentes, como a investigação sobre condições de trabalho em obras da montadora BYD, evidenciam que o Brasil impõe exigências legais distintas das da China.
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