A CNI vê com otimismo o lançamento da Nova Indústria Brasil, política industrial que promete R$ 507 bilhões em financiamentos até 2026 FOTO: CNI

O Brasil ficou na 18ª e última posição no ranking de competitividade industrial 2023-2024 da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo avaliou 18 países com perfil produtivo e mercados semelhantes ao brasileiro, levando em conta oito fatores-chave que influenciam a competitividade das indústrias.

Os piores desempenhos do Brasil foram nos critérios de Ambiente Econômico, Desenvolvimento Humano e Trabalho e Educação, nos quais o país também ficou na última colocação. A alta taxa de juros (Selic a 14,25% ao ano), o sistema tributário complexo e a baixa qualificação da mão de obra foram destacados como entraves.

Apesar disso, a CNI vê com otimismo o lançamento da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial que promete R$ 507 bilhões em financiamentos até 2026. A entidade defende que os efeitos da iniciativa serão perceptíveis a longo prazo.

Nos demais fatores analisados, o Brasil também ficou nas posições mais baixas. Os melhores desempenhos foram no subfator de descarbonização, em que o país aparece em 2º lugar, e no campo de inovação e pesquisa, com destaque para a 9ª posição em investimento em P&D.

Veja a seguir o ranking geral de competitividade industrial:

1. Países Baixos
2. Estados Unidos
3. Coreia do Sul
4. Alemanha
5. Reino Unido
6. China
7. Itália
8. Canadá
9. Espanha
10. Turquia
11. Rússia
12. Índia
13. México
14. Chile
15. Argentina
16. Colômbia
17. Peru
18. Brasil

Para a CNI, o desempenho fraco reforça a urgência de reformas estruturais, principalmente nos setores de educação, infraestrutura e inserção internacional da indústria.