Um nômade digital trabalha remotamente, via internet, viajando pelo mundo sem fixar residência Foto: Divulgação

O Brasil quer se posicionar de forma estratégica no radar dos nômades digitais — trabalhadores remotos que atuam de qualquer lugar do mundo com conexão à internet. Para isso, a Embratur firmou um protocolo de intenções com a plataforma NomadX, especializada nesse público, durante a WTM Latin America, realizada em São Paulo.

O objetivo da parceria é ampliar a presença do Brasil como destino atrativo para esse segmento e fomentar o turismo voltado a profissionais remotos. O acordo prevê ações conjuntas de promoção, inclusão de novos destinos brasileiros na plataforma da NomadX e a valorização de regiões com infraestrutura compatível com o trabalho remoto.

Segundo Marcelo Freixo, presidente da Embratur, o foco está em aliar inovação e tecnologia à promoção do país. “Queremos atrair estrangeiros oferecendo condições adequadas para que trabalhem de forma remota e aproveitem o que o Brasil tem de único”, afirmou.

Mercado de mais de 40 milhões de pessoas

A NomadX, por sua vez, atua desde 2023 em colaboração com a Embratur para mapear e divulgar localidades brasileiras com potencial de receber nômades. A empresa oferece soluções de moradia temporária e conecta profissionais em trânsito com comunidades locais por meio de eventos e experiências culturais.

Para o CEO da NomadX, Gonçalo Hall, a iniciativa coloca o Brasil em uma posição de destaque global. “Estamos falando de um mercado de mais de 40 milhões de pessoas. O país tem o que esse público busca: qualidade de vida, natureza, cultura e conectividade”, disse.

Com a formalização da parceria, o Brasil se alinha a uma tendência em expansão no setor de turismo: o nomadismo digital como vetor de desenvolvimento regional, inovação e geração de receita em destinos fora do circuito tradicional.