Segundo o Ministério da Agricultura, o volume projetado para o próximo ano deve superar as 561 mil toneladas enviadas em 2024

O Brasil se prepara para embarcar 600 mil toneladas de carne de frango à China em 2026, após o país asiático suspender o embargo que durava quase seis meses. A retomada foi anunciada na última semana pela Administração Geral das Alfândegas da China, que revogou a proibição “com base nos resultados da análise de risco”.

Com a decisão, todos os estados brasileiros habilitados voltam a exportar normalmente, abrindo espaço para uma forte recuperação das vendas externas do setor. Segundo o Ministério da Agricultura, o volume projetado para o próximo ano deve superar as 561 mil toneladas enviadas em 2024, representando um crescimento de cerca de 10% e consolidando o Brasil como maior exportador mundial de carne de frango, com 35% de participação no mercado global.

Antes da suspensão, a China era o segundo principal destino da carne de frango brasileira, responsável por 12% das exportações, especialmente de cortes como sobrecoxas, asas e pés. Em valores, as vendas ao país somaram US$ 1,288 bilhão em 2024.

O embargo havia sido imposto em maio de 2025, após um caso isolado de influenza aviária em uma granja de Montenegro (RS). O Brasil recuperou o status de livre da doença em junho e, desde então, aguardava o aval de Pequim para retomar os embarques.