PNAD CONTÍNUA

Brasil tem o menor desemprego em 13 anos, com a força dos pequenos negócios

Por Marcelo Cabral - Em 02/08/2025 às 9:15 AM

Empregos formais têm taxa de 62,4% de participação na força de trabalho              Foto: Luís Tajes/ASN

A economia brasileira alcançou um novo patamar de recuperação e fortalecimento do mercado de trabalho. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), revelam que a taxa de desemprego caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025 – o menor índice desde que a série histórica começou a ser monitorada, há 13 anos.

O número representa uma redução de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,0%) e de 1,1 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2024. Ao todo, cerca de 6,3 milhões de brasileiros estavam desocupados entre abril e junho deste ano – 1,3 milhão a menos que no trimestre anterior, uma queda de 17,4%.

Esse cenário positivo se apoia, em grande parte, na força dos pequenos negócios, que seguem como pilares da geração de empregos formais. Microempreendedores Individuais (MEIs), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) responderam por cerca de 635,7 mil contratações formais apenas em 2025 – ou mais de 60% das novas carteiras assinadas no Brasil.

“Trata-se da menor taxa de desemprego já registrada. O Brasil saiu do Mapa da Fome, resultado das políticas de inclusão social implementadas pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que estão permitindo uma efetiva distribuição de renda. Por isso, mais do que nunca precisamos acreditar no Brasil, na nossa soberania, defender o nosso país e a nossa pátria. E jamais perder o otimismo, que nos impulsiona a continuar a desenvolver as cadeias produtivas na geração de empregos, renda e inclusão”, celebra o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.

Atualmente, os pequenos negócios representam cerca de 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, sendo peças-chave na recuperação econômica e no fortalecimento da base produtiva do País. Para Lima, os números refletem a coragem e a resiliência de milhões de brasileiros. “São pessoas que acordam todos os dias e se mostram resilientes no projeto de fazer o Brasil crescer. Trabalham com seu talento e enfrentam um sistema que não foi feito para elas. Esse resultado não representa apenas mais emprego, mas oportunidade e inclusão para a população”.

Outro indicador positivo vem da taxa de participação na força de trabalho, que atingiu 62,4%, um recorde na série histórica. O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também cresceu, alcançando 39 milhões de pessoas.

Informalidade em queda e aumento da renda

A PNAD Contínua também registrou recuo na informalidade, que passou de 38% no primeiro trimestre de 2025 para 37,8% no segundo trimestre – o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores. Na comparação com o mesmo período do ano passado (38,7%), a queda foi ainda mais significativa, evidenciando a migração gradual da força de trabalho para ocupações formais. Esse movimento também está associado ao crescimento no número de novos empreendimentos: 2,6 milhões de CNPJs foram abertos no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal.

Em paralelo, o rendimento médio mensal real habitual da população ocupada alcançou R$ 3.477,00 – representando alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% frente ao segundo trimestre de 2024. A massa de rendimento real habitual – soma dos rendimentos de todos os trabalhadores – chegou a R$ 351,2 bilhões, um avanço de 2,9% no trimestre. Os números reforçam a tendência de recuperação sustentada da economia brasileira, com a inclusão produtiva ganhando força e os pequenos negócios reafirmando seu papel como motores do desenvolvimento nacional.

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