“O tamanho da nossa empresa não permite que façamos coisas pequenas. Gostamos de grandes oportunidades”, disse o CEO da Brookfield Properties, Hilton Rejman

A Brookfield Properties, braço imobiliário do grupo canadense, planeja ampliar sua atuação no Brasil entrando no segmento de hotelaria, com foco em grandes hotéis nas capitais São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente, a empresa administra 820 mil m² em escritórios e 700 mil m² em galpões logísticos.

Segundo o CEO da Brookfield Properties, Hilton Rejman, a empresa busca investimentos robustos, voltados principalmente para hotéis corporativos com alta demanda e ocupação. “O tamanho da nossa empresa não permite que façamos coisas pequenas. Gostamos de grandes oportunidades”, afirmou.

A maior parte da receita da companhia vem do setor corporativo (70%), seguido por comercial e varejo (20%) e residencial (10%). Nos últimos dois anos, a empresa teve recorde na absorção de escritórios, com 100 mil m² em 2024 e taxa de ocupação próxima a 90%.

Na região da Faria Lima, a Brookfield possui quatro prédios comerciais, incluindo o edifício Faria Lima 3500, vendido ao Itaú BBA por cerca de R$ 1,5 bilhão, e a sede da WPP em São Paulo, um prédio de 55 mil m² entregue recentemente.

Rejman destacou a recuperação dos aluguéis após a pandemia, impulsionada pela demanda crescente e escassez de novos imóveis, com valores chegando a R$ 350 por metro quadrado na Faria Lima. Ele também apontou os desafios do cenário macroeconômico, mas ressaltou o otimismo da empresa, que atua no Brasil há 125 anos.

A estratégia da Brookfield inclui adquirir ativos para melhorar gestão, valorizar e vender posteriormente, mantendo um “apetite alto” para negócios em escritórios, logística e multifamily.