ESTUDO ECONÔMICO

Cade aprofunda investigação sobre fusão entre Petz e Cobasi

Por Redação - Em 15/09/2025 às 10:00 AM

Entre os pontos que despertam atenção estão o modelo de superstores, adotado pelas duas companhias

O processo de fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi passou a ser tratado como um caso de maior complexidade pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A análise, inicialmente prevista para ser concluída em outubro, foi prorrogada após decisão do órgão no dia 29 de agosto.

Na última semana, o relator do caso, José Levi Mello do Amaral Júnior, solicitou a realização de um estudo econômico específico sobre o mercado de varejo pet, tanto no segmento físico quanto no digital. A medida amplia o prazo e reflete a necessidade de maior detalhamento sobre a concorrência nesse setor.

Entre os pontos que despertam atenção estão o modelo de superstores, adotado pelas duas companhias, e a relevância crescente do e-commerce. Apesar de a Superintendência-Geral do Cade ter aprovado a operação sem restrições em junho, concorrentes, como a Petlove, contestaram a decisão, alegando que a avaliação inicial considerou de forma ampla demais diferentes perfis de negócios, desde pequenos pet shops até marketplaces.

Especialistas apontam que a concentração pode afetar fornecedores e elevar preços, mesmo com a fatia de mercado combinada das empresas girando em torno de 10%. Um estudo da GO Associados indica possibilidade de aumento de preços em mais de 90% das lojas avaliadas, o que reforça as preocupações concorrenciais.

No comércio digital, o impacto pode ser ainda maior: juntas, Petz e Cobasi concentram entre 40% e 50% das vendas online de produtos pet, com receitas expressivas no primeiro semestre de 2025 — R$ 871 milhões para a Petz e R$ 634 milhões para a Cobasi. Esse desempenho confirma a força das companhias no segmento virtual, um dos fatores centrais para a revisão em curso no Cade.

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