A Caixa prevê alcançar R$ 1,25 trilhão em financiamentos sustentáveis até 2030 FOTO: Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal estabeleceu novas metas de sustentabilidade e pretende zerar suas emissões de carbono até 2050, alinhando-se às diretrizes globais de transição climática. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3), em São Paulo, no contexto das preparações para a COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA).

De acordo com o presidente da instituição, Carlos Vieira, o objetivo é transformar os compromissos ambientais do banco em ações concretas. Além da descarbonização total, a Caixa prevê alcançar R$ 1,25 trilhão em financiamentos sustentáveis até 2030, o que representa um aumento de 50% em sua carteira de crédito verde.

O plano também inclui metas de economia circular, com foco na eliminação do envio de resíduos para incineração e redução de materiais destinados a aterros sanitários até 2050. No campo da equidade de gênero, a instituição busca garantir ao menos 36% de mulheres em cargos de liderança até o final desta década.

Durante o evento, a Caixa apresentou ainda o Benchmark Interativo para Projetos de Baixo Carbono, uma plataforma que calcula as emissões de CO₂ em empreendimentos habitacionais financiados pelo banco. A ferramenta, gratuita e compatível com o sistema BIM (Modelagem da Informação da Construção), permitirá que construtoras e incorporadoras adotem soluções mais eficientes em carbono.

A iniciativa tem foco especial no programa Minha Casa, Minha Vida, que concentra parte significativa das operações de crédito habitacional da Caixa. Segundo a instituição, o padrão construtivo do programa facilita a aplicação de técnicas de redução de emissões em larga escala.

A vice-presidente de Habitação, Inês Magalhães, destacou que a transição sustentável passa, necessariamente, pelo ambiente urbano. Segundo ela, “as cidades são o centro da luta contra a crise climática”, e o setor habitacional exerce papel decisivo nesse processo.

Com as novas metas, a Caixa reforça sua estratégia de posicionamento como banco público protagonista na agenda de finanças sustentáveis, ao mesmo tempo em que busca alinhar seus negócios às práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) em expansão no setor financeiro global.