Crédito Imobiliário

Caixa libera novamente mais de um financiamento por pessoa

Por Redação - Em 09/12/2025 às 4:23 PM

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A autorização para contratar mais de um financiamento vale apenas para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos FOTO: Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal voltou a permitir que um mesmo cliente contrate mais de um financiamento imobiliário, medida que havia sido suspensa no fim de 2024 por falta de recursos para novas concessões. O retorno da regra ocorre após o governo federal lançar um novo modelo de crédito imobiliário, que liberou parte dos depósitos compulsórios da poupança e aumentou a disponibilidade de funding no sistema.

Segundo o presidente da Caixa, Carlos Vieira, a liberação do compulsório ampliou a liquidez do setor e permitirá que os bancos mantenham o ritmo das operações mesmo diante da queda nos saldos da poupança. Para ele, a mudança garante estabilidade e continuidade no atendimento à demanda por crédito habitacional.

A autorização para contratar mais de um financiamento vale apenas para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), que atendem imóveis de até R$ 2,25 milhões. As regras do FGTS continuam iguais: o fundo só pode ser usado em um único imóvel por CPF.

No caso da Caixa, os financiamentos SBPE são corrigidos pela TR, com juros a partir de 10,99% ao ano e prazo de até 420 meses. A instituição, que detém cerca de dois terços do mercado, vem ajustando suas condições para recuperar o ritmo das concessões, reduzido ao longo do ano por juros elevados e menor disponibilidade de recursos.

De janeiro a outubro, o banco desembolsou R$ 48,3 bilhões em novos financiamentos, queda de 33% em relação a igual período de 2024. O saldo da carteira, no entanto, chegou a R$ 905 bilhões no terceiro trimestre, alta de 11,4% em 12 meses.

Para estimular a retomada, a Caixa aumentou o percentual financiado: agora cobre até 80% do valor do imóvel na modalidade SAC e até 70% na Price. O setor também foi beneficiado pelo reajuste do teto do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, ampliando o universo de imóveis elegíveis ao crédito habitacional.

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